A Prefeitura de Belo Horizonte decretou nesta quarta-feira (23) situação de emergência por causa da infestação pelo mosquito Aedes aegypti. A medida foi publicada no DOM (Diário Oficial do Município) e tem validade de 180 dias. Conforme o documento, a declaração leva em consideração a "alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil", a gravidade da situação entomológica atual na capital mineira, "o período do ano altamente favorável ao aumento da infestação por Aedes aegypti", e ao maior "risco de disseminação dos vírus da dengue, chikungunya e zika".Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play O decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda informa que os resultados do monitoramento de ovos de Aedes Aegypti, feito por meio de armadilhas que cobrem toda a área de BH, apontaram uma densidade de 60 ovos por armadilha positiva, o que é considerado um número elevado. Até o último balanço divulgado pela SMSA (Secretaria Municipal de Saúde), a capital mineira já tinha registrado 15.584 casos de dengue e duas mortes em decorrência da doença. Outros 1.812 casos suspeitos ainda estavam em investigação. Já o boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que duas pessoas morreram por causa da Febre do Chikungunya este ano na capital mineira. Até o momento, não foi confirmado nenhum caso de infecção pelo zika ou de microcefalia em decorrência da doença. Além da declaração de emergência, o decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda cria um "Grupo Executivo para Intensificação do Combate ao Aedes Aegypti visando à implementação do Plano de Contingências de enfrentamento da anormalidade instalada". Esse grupo terá participação de várias secretárias e órgãos do governo e será coordenado pelo Secretário Municipal de Saúde e pelo Coordenador Municipal de Defesa Civil.