O incêndio que destrói parte da Serra do Curral nesta terça-feira (30) já provocou a queima de pelo menos cinco hectares (50 mil metros quadrados), segundo estimativa do Corpo de Bombeiros. Durante a noite, 15 militares, com o apoio de quatro viaturas, ainda tentavam controlar o fogo.Leia mais notícias no R7 Minas No fim da manhã, as chamas colocaram em risco casas e antenas de rádio e TV. Os alunos da Fundação Torino foram dispensados. Os bairros Belvedere e Mangabeiras, na região centro-sul, acabaram cobertos por fumaça e fuligem, mas apesar do susto nenhum imóvel foi atingido. As labaredas chegaram até o lado do quintal do fisioterapeuta Carlos Pena, que tentou ajudar com uma mangueira de jardim. — Não dá pra combater com essa mangueira, mas pelo menos salvei minhas plantas. Em menos de duas horas o fogo fez esse estrago. Os funcionários das empresas de comunicação que ficam no topo da serra, e transmitem o sinal para toda a Grande BH, ficaram presos nos prédios. O operador Ronilton da Silva conta os momentos de angústia. — Respiração difícil, garganta apertada. O jeito foi entrar para o prédio, no ar condicionado, e fechar as frestas para a fumaça não entrar. Não tinha como sair, era muita fuligem e fumaça. Ficamos 40 minutos presos. Segundo a tenente do Corpo de Bombeiros Vanessa Carneiro, a falta de hidrantes e a vegetação seca dificultam os trabalhos. — A dificuldade maior é a vegetação que está seca e alastra o fogo muito rápido. A falta do hidrante no local dificulta, porque temos o trabalho para fazer o abastecimento.