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Delegado que prendeu fotógrafo em BH já foi punido por brigar com vendedora

Corregedoria puniu Architon Zadra Filho nos anos 1990 e em 2003

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7 MG

Policial vai produzir relatório sobre o incidente
Policial vai produzir relatório sobre o incidente Policial vai produzir relatório sobre o incidente

O delegado Architon Zadra Filho, que deu voz de prisão a um jornalista que fotografou a entrada de viaturas em uma delegacia em Belo Horizonte, já foi punido pela corregedoria da Polícia Civil duas vezes.

Em 2003, segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, Architon Zadra Filho ficou impedido de exercer sua função e de receber salário por 20 dias por conta de uma discussão com uma vendedora em uma loja de celulares. O delegado e a vendedora registraram boletim de ocorrência e o caso chegou à corregedoria. As circunstâncias da discussão não foram informadas.

Nos arquivos da PC também consta uma punição da corregedoria nos anos 1990, quando Architon Zadra ainda era escrivão.

O policial, agora, pode responder por suposto abuso de autoridade contra o repórter fotográfico João Miranda, do jornal Estado de Minas. A advogada do jornalista estuda o caso para levá-lo à corregedoria. Segundo o governador Antonio Anastasia (PSDB), o caso pode seguir para o órgão se ficar comprovada a irregularidade. A chefia da Polícia Civil determinou que o delegado produza um relatório para explicar o ocorrido.

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O delegado não foi encontrado para se manifestar sobre o caso. Em nota, a Polícia Civil defendeu a liberdade de expressão e afirmou que houve um "mal-entendido".

O caso

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Na quarta-feira (6), João Miranda cobria a ocupação na Câmara Municipal, em Santa Efigênia, quando fotografou a entrada de viaturas na garagem do setor de transportes da polícia. O delegado, sem pedir qualquer identificação, o puxou pelo braço e deu voz de prisão alegando que o fotógrafo teria violado a área de segurança.

João Miranda ficou incomunicável por 40 minutos em uma sala, até que foi liberado. A prisão para averiguação, comum durante a ditadura, é proibida no Brasil pela Constituição de 1988.

— Ele nem chegou a perguntar pra que era a foto, só disse que ia ser detido para averiguação e que quem sabia da lei era ele, não eu. A foto que fiz inclusive, já tinha apagado, porque tinha ficado ruim e nem era minha pauta. Só vi a movimentação das viaturas e cliquei por instinto.

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