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Depoimento de réu da "Chacina de Unaí" pode incriminar mandantes 

Expectativa da acusação é que Hugo Pimenta, réu do caso, aponte responsáveis pelo crime

Minas Gerais|Do R7 MG com Record Minas

Vídeos da polícia mostram a confissão dos homens apontados como assassinos dos funcionários do Ministério do Trabalho
Vídeos da polícia mostram a confissão dos homens apontados como assassinos dos funcionários do Ministério do Trabalho Vídeos da polícia mostram a confissão dos homens apontados como assassinos dos funcionários do Ministério do Trabalho

Um dos acusados de envolvimento no crime que ficou conhecido como "Chacina de Unaí" pode incriminar nesta quarta-feira (28) o "Rei do Feijão" Norberto Mânica como mandante da morte de três auditores fiscais e um motorista na cidade de Unaí, há 600km de Belo Horizonte.

Hugo Pimenta deve prestar depoimento como testemunha de acusação neste 2º dia do júri popular de três outros réus: os pistoleiros Rogério Alan Rocha Rios e Erinaldo de Vasconcelos e o motorista William Gomes de Miranda.

Pimenta é investigado por intermediar o crime entre mandantes e quadrilha. A expectativa da acusação é que ele entregue o nome do empresário para conseguir uma redução de pena em caso de condenação. A delação premiada foi ventilada por sua defesa na sessão de ontem.

Os trabalhos no prédio da Justiça Federal devem durar até sexta-feira (30). Os depoimentos das testemunhas começaram no final da tarde de ontem (27). No total, 18 pessoas devem ser ouvidas. Hoje, o delegado Wagner Pinto, chefe da Divisão de Homicídios de Belo Horizonte ressaltou que todas as provas indicam que os assassinos já tinham a intenção de matar quando chegaram ao local do crime, e não de roubar, como vem sendo argumentado pela defesa dos pistoleiros, como forma de livrar Antério e Norberto Mânica. Um investigador que trabalhou durante o processo em Unaí confirmou o depoimento do delegado, alegando que, entre outras provas, interceptações telefônicas comprovam a denúncia.

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Primeiro dia

Sob pedidos de "justiça" e frases de protesto, teve início por volta de 10h de ontem (27) o julgamento de três acusados de envolvimento no caso conhecido como "Chacina de Unaí". Os réus foram recebidos por um grupo de auditores que protestavam em frente ao prédio da Justiça Federal.

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O Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho) organizou um ato público em frente ao tribunal, que teve apoio do Sindifisco/MG (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais) e do AAFIT-MG (Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais).

O crime

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No dia 28 de janeiro de 2004, os fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram vítimas de uma emboscada em uma estrada de terra em Unaí, no noroeste de Minas. As vítimas foram mortas a tiros no momento em que faziam uma fiscalização de rotina na zona rural da cidade, localizada a cerca de 500 km da capital mineira.

Norberto Mânica é acusado de ser o mandante da chacina e Francisco Elder Pinheiro, que já faleceu, era apontado como o responsavél por ter contratado os pistoleiros que balearam os fiscais.

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