Três dirigentes do Jaraguá Country Club foram indiciados pela morte de Mariana Silva Rabelo de Oliveira, de oito anos, em janeiro deste ano. Na ocasião, a criança teve uma parada cardiorrespiratória após ser sugada pelo ralo de uma das piscinas do clube.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito que investigava o caso foi encerrado nesta semana e concluiu que o problema apresentado na piscina pode ter sido provocado por uma obra realizada na instalação em 2011 e que não tinha projeto e a documentação necessária.
Por isso, o delegado responsável pelo caso, Thiago de Oliveira Souza Pacheco, da 3ª Delegacia de Venda Nova, indiciou o diretor da sede, o presidente e o vice-presidente do clube na época, sendo que este último é o atual presidente da instituição. Eles vão responder por homicídio com dolo eventual, ou seja, quando se assume o risco de matar, mas nenhum deles teve o nome divulgado pela Polícia Civil.
A reportagem entrou em contato com o Jaraguá Country Club, mas ninguém foi encontrado para comentar a conclusão do inquérito.
Entenda o caso
No dia 3 de janeiro deste ano, Mariana Silva Rabelo de Oliveira foi sugada pelo ralo de uma das piscinas do Jaraguá Country Club. Na ocasião, a criação sofreu uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser socorrida e levada para o hospital, mas não resistiu e morreu no dia 4.
Na data, por meio de nota, a diretoria do clube informou que a empresa iria se empenhar no esclarecimento do acidente e que daria apoio às investigações da PC.
Além disso, a instituição alegou ainda que os salva-vidas tomaram providências emergenciais depois do afogamento e fizeram os primeiros socorros, além de acionarem equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Com a morte de Mariana, o espaço de lazer decretou luto por três dias e a piscina onde aconteceu o acidente foi interditada por um tempo.