Ex-delegado visto em faculdade de BH não tem permissão judicial para deixar prisão
Geraldo Toledo está detido pela morte da namorada adolescente
Minas Gerais|Do R7
A assessoria de imprensa do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) informou, nesta sexta-feira (14), que o ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, acusado de matar a namorada adolescente, Amanda Linhares, não possui autorização oficial para deixar a Casa de Custódia da Polícia Civil, onde está detido. Toledo foi visto deixando o prédio de uma faculdade, na última quinta-feira (13), no bairro Floresta, região leste de Belo Horizonte.
Ainda conforme o TJMG, o acusado requereu autorização judicial para frequentar o curso de História da Uniube, na modalidade à distância, além de pedir visitas presenciais em casos especiais. A juíza responsável pelo caso, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, de Ouro Preto, ressaltou, no entanto, que ainda não expediu qualquer posicionamento sobre a solicitação do réu.
Inicialmente, a Polícia Civil chegou a afirmar que ele tinha permissão para deixar a Casa de Custódia. A corporação, no entanto, alegou que agora "apura se existiu algum tipo de irregularidade na saída do ex-delegado Geraldo Delegado da da Casa de Custódia da Polícia Civil". A reportagem do R7 entrou em contato com a assessoria da polícia após o posicionamento da Justiça e aguarda resposta.
Governo concorda e delegado acusado de matar namorada é expulso da Polícia Civil
Lembre o caso
O delegado teria atirado na adolescente de 17 anos durante uma briga na estrada que liga Ouro Preto a Lavras Novas, na região central de Minas. O crime aconteceu em abril do ano passado.
Amanda, que foi baleada na região da cabeça, ficou internada por quase dois meses no Hospital Pronto-Socorro João 23, na capital mineira. Ela morreu na noite do dia 4 de junho, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O corpo foi enterrado no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete.
Geraldo Toledo ingressou como delegado na PC em julho de 2002. Ele também já responde a um Processo Administrativo na Corregedoria por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículos, quando era titular da Delegacia de Trânsito em Betim.