Dois jovens que participaram da morte de um soldado da Polícia Militar em uma tentativa de assalto foram apresentados pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (21) em Belo Horizonte. O crime provocou comoção entre policiais, que protestaram por mudanças na legislação penal. O suspeito já foi preso seis vezes.
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Wilson Guimarães Filho, de 25 anos, e José Henrique da Silva Bento, de 30, foram levados para o Ceresp (Centro de Remanejamento de Presos) Gameleira. Wilson foi encontrado na terça-feira (20) em cumprimento de mandado de prisão. Um tereiro comparsa, Ítalo Pedrosa, foi morto por engano durante a fuga dos criminosos, quando Wilson disparou por acidente a arma do policial.
Wilson e José Henrique assaltavam duas mulheres na avenida Fleming, na Pampulha, na última sexta-feira (16), quando o soldado André Luiz Lucas Neves, de 27 anos, que estava à paisana, tentou impedir. Ele tentou imobilizar Wilson, que deixou um revólver calibre .32 cair. José Henrique aproveitou a confusão para pegar a arma e atirar no peito e nas costas do militar.
Ítalo esperava em um Peugeot para facilitar a fuga. Segundo o delegado Rodrigo Bosi, Wilson mexia na arma do PM e, por falta de técnica, acabou atirando no assoalho, atingindo a transmissão do combustível. Com o recuo da arma, disparou de novo e acabou acertando a cabeça do comparsa. Wilson rendeu três mulheres em um carro e conseguiu escapar. José Henrique foi preso em flagrante com um revólver correndo pelo bairro. Para o delegado, André Neves foi vítima de latrocínio.
Investigações do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa apontam que o trio pode ter envolvimento com uma quadrilha que rouba carros. Eles procuravam um Peugeot na avenida Fleming para roubar peças e usar em um veículo da mesma marca que seria da namorada de José Henrique. Como o combustível acabou, decidiram roubar as mulheres para pagar o abastecimento.