Onze anos depois da Chacina de Unaí, os irmãos Antério e Norberto Mânica devem finalmente ser julgados pelo assassinato de três auditores e um motorista do Ministério do Trabalho.
A Justiça marcou os júris para os dias 22 e 27 de outubro, na sede do Tribunal Regional Federal em Belo Horizonte. Além dos "reis do feijão", sentam-se no banco dos réus os empresários Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro. Os quatro respondem ao processo em liberdade.
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Pistoleiro confessa duas mortes e entrega "Rei do Feijão" como mandante
Os auditores Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos em uma emboscada na fazenda dos Mânica em Unaí, no centro-oeste mineiro, em 28 de janeiro de 2004, enquanto fiscalizavam denúncias de trabalho escravo, entre outras irregularidades.
Por conta de inúmeras manobras dos advogados de defesa, os réus ficaram em liberdade sem receber resposta da Justiça por uma década. Além de barrar o processo, tentaram transferir o júri para a Vara Federal em Unaí, criada depois dos homicídios.
Somente em agosto de 2013 os primeiros réus foram condenados. Os pistoleiros Erinaldo de Vasconcelos Silva, William Gomes de Miranda e Rogério Alan Rocha Rios receberam penas de 76, 56 e 94 anos de prisão, respectivamente.
Outro réu, o empresário Francisco Elder Pinheiro, morreu em 2014.