Mãe conta que já havia buscado ajuda no Conselho Tutelar
Record MinasA cabeleireira que acorrentou, dentro de casa, duas filhas, uma de 12 e outra de 14 anos, em Muzambinho, no sul de Minas disse, em entrevista, que tentou impedir que as jovens continuassem a se envolver com drogas.
Lucimar Donizetti conta que as filhas estavam se envolvendo com drogas e prostituição. Segundo ela, uma forma encontrada pro ela para manter as garotas afastadas criminalidade era trancá-las em casa. Ela conta que já tentou deixar a porta trancada, mas que não foi suficiente pois as meninas fugiram pela janela do banheiro.
— Acorrentei porque elas estavam correndo risco de vida e de amanhecerem mortas na rua. Elas não tinham medo do que poderia acontecer.
Não é a primeira vez que Lucimar enfrenta este tipo de problema com a família. Segundo ela, as meninas estariam seguindo o mesmo caminho percorrido pela filha mais velha, de 18 anos. A cabeleireira conta que passou pelas mesmas dificuldades com a primogênita e teve que expulsá-la de casa quando ela completou 17 anos. Lucimar lamenta o estado em que as filhas se encontram e lembra que já havia solicitado ajuda a órgãos como o Conselho Tutelar e a polícia.
— Eu pedi ajuda para o promotor e ele disse para eu dar um voto de confiança e conversar com minha filha. Só que quando cai no mundo das drogas, não adianta.
Mantém acorrentadas
A Polícia Militar entrou as duas irmãs sozinhas em casa, amarradas pelos pés com uma corrente de, aproximadamente, um metro de comprimento, em Muzambinho, no sul de Minas. A PM foi acionada pelo Conselho Tutelar da cidade e, após libertar as jovens, prendeu a mãe delas no salão de beleza onde ela trabalha. Lucimar Donizzeti, foi levada para a delegacia e foi liberada após prestar depoimento.
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A Polícia Civil investiga a atitude tomada pela cabeleireira, que vai permanecer em liberdade até que o inquérito seja concluído. As irmãs foram encaminhadas a um abrigo para menores por decisão judicial e estão sob os cuidados de assistentes sociais. Apesar de estar afastada das filhas, Lucimar se diz aliviada por considerar as meninas protegidas.
— Eu sei que onde elas estão, pelo menos, elas não estão no meio do tráfico.