Médicos condenados por tráfico de órgãos têm penas reduzidas
Os profissionais agora pegaram pena de cinco anos de prisão em regime semiaberto
Minas Gerais|Do R7
Quatro médicos condenados pela retirada e venda dos órgãos de um pedreiro em Poços de Caldas, no sul do Estado, tiveram as penas reduzidas. Eles foram julgados em segunda instância nessa terça-feira (25) pelo Tribunal de Justiça.
Celso Roberto Frasson Scafi, João Alberto Goés Brandão e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes tinham sido condenados a oito anos de prisão. Já Alexandre Crispino Zincone pegou pena de 11 anos na decisão do juiz Narciso Monteiro de Castro. Todos tiveram as penas reduzidas para cinco anos.
Segundo o TJ, os desembargadores da 3ª Vara Criminal levaram em conta o fato dos réus serem primários. O cumprimento das penas, que antes seria em regime fechado, também foi aliviado: agora, será em regime semiaberto.
Apesar de a Justiça ter recomendado a cassação dos registros profissionais dos envolvidos, o CRM (Conselho Regional de Medicina) de Minas Gerais absolveu por unanimidade todos os médicos.
Fernandes e Scafi estão detidos no Presídio de Poços de Caldas desde o dia 6 de janeiro por decisão da 1ª Vara Criminal da cidade. Eles foram condenados entre 14 e 18 anos de prisão pela retirada de órgãos da criança Paulo Pavesi, no ano 2000. Sergio Poli Gaspar, também condenado neste caso, está foragido. A Justiça pediu o descredenciamento do SUS.