O sargento da Polícia Militar preso pelo assassinato de duas mulheres em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, estava proibido de portar armas há três anos devido a um tratamento psiquiátrico. O policial prestava serviços administrativos na 7ª Companhia da PM de Igarapé, onde foi detido. As vítimas, Ana Carolina Gomes Carneiro, de 31 anos e Bianca Gomes de Carvalho, de 15, eram mãe e filha.
Na casa do PM, foram encontrados munições para calibre 38, um carregador de revólver e duas bombas caseiras. Testemunhas ainda relataram que ele era visto com um revólver cromado calibre 38, que teria sido utilizado no dia do crime. Diante dos fatos, ele foi indiciado por duplo homicídio com duas qualificadoras: motivado por vingança e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Em depoimento, o suspeito negou tudo e alegou que estava em casa quando as duas mulheres foram executadas.
Fama de justiceiro
De acordo com as apurações, o militar teria planejado os assassinatos porque as vítimas o denunciaram por tráfico de armas. Ele tinha fama de "justiceiro" na região e teria feito ameaças contra Bianca e Ana Carolina porque as vítimas seriam usuárias de drogas.
No dia 8 de abril, a adolescente tinha acabado de se encontrar com a mãe em um ponto de ônibus quando elas foram executadas. O militar seguiu a jovem em um carro preto. Ele fez o primeiro disparo contra Ana Carolina, que ainda tentou fugir, mas foi puxada pelo suspeito e baleada novamente. Bianca foi morta com dois tiros na cabeça e dois nas costas.
O PM ficará detido no Regimento de Cavalaria Alferes, unidade da corporação.