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Moradores se inspiram em pintor holandês para mudar cara de prédio, em BH

Pintura demorou oito meses e se destaca na paisagem da Pampulha

Minas Gerais|Do R7 MG


Prédio visto da rua Frei Manoel da Cruz, no bairro Liberdade
Prédio visto da rua Frei Manoel da Cruz, no bairro Liberdade

Dois moradores do Edifício Heta, na avenida Boaventura, no bairro Liberdade, na região da Pampulha, decidiram renovar a fachada do prédio em que moram, construído em 1982. Nos últimos oito meses, a construção, que antes era pintada em tons pasteis, foi se colorindo de vermelho, azul e amarelo.

A estética do prédio chama a atenção por si só, mas um olhar artístico pode enxergar nele os traços de Piet Mondrian, pintor holandês do século 20. Mondrian foi o responsável por criar a doutrina do neoplasticismo, que valoriza as cores puras e as formas geométricas.

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A vontade de inovar surgiu da constatação de que o prédio estava decadente e de que a arquitetura da região, tão valorizada em outros momentos, deixava a desejar.


Síndico à época, o farmacêutico Paulo Henrique sugeriu que o condomínio realizasse um "concurso de ideias", coletando sugestões para uma nova pintura da fachada do prédio. Os moradores participaram e a ideia do espanhol Francisco Javier Casabón, habitante do edifício há oito anos, ganhou destaque.

Segundo Casabón, a intenção era a de valorizar o prédio, frente às construções padronizadas das redondezas.


— Hoje em dia, na Pampulha, tem muita construção e pouca arquitetura. O que é uma pena, posto que a região é uma referência na área.

Paulo Henrique completa que a inovação foi feita levando em consideração os eventos internacionais que a região recebe, como os promovidos pela FIFA e pela UFMG, e que o prédio poderia se tornar mais uma atração turística da área.

Divergências

A pintura demorou oito meses para ser finalizada e divide a opinião dos moradores. Segundo Casabón e Paulo Henrique, grandes defensores da ideia, o processo de escolha foi democrático, mas alguns moradores se ressentem da decisão.

— A gente ainda ouve muita crítica e deboche. Nem todo mundo valoriza o que tentamos fazer.

A fachada colorida do prédio também não é consenso entre os pedestres que passam pelas imediações. A designer de ambientes Patrícia Prates considera que "visualmente não ficou bom", enquanto a técnica de enfermagem Marilene Moreira admira a construção.

— Foi bom até para nós, que passamos por aqui todo dia. Incrementou o visual da região, deixou muito mais bonito.

*Com a colaboração de Camila Braga

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