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"Não há nenhuma prova contra mim", diz Azeredo sobre condenação no mensalão tucano

Ex-governador e ex-senador é o primeiro político condenado no mensalão tucano

Minas Gerais|Thaís Mota, do R7

Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão
Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão

O ex-governador e ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB) disse que vai recorrer da condenação por envolvimento no mensalão tucano. Ele foi sentenciado a 20 anos e dez meses de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, mas pode recorrer em liberdade. 

Em entrevista ao R7 Minas nesta sexta-feira (18), Azeredo negou as acusações e disse que não há provas contra ele.

— Não há nenhuma prova contra mim, então agora é recorrer.

A decisão da juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), foi publicada na última quarta-feira (16), mas o político foi notificado nesta sexta-feira (18)


— A sentença saiu hoje e meu advogado já está olhando o recurso. 

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Na sentença, Azeredo é responsabilizado por desvios durante a campanha ao governo de Minas em 1998. Naquele ano, ele tentou sem sucesso a reeleição ao Palácio da Liberdade. A magistrada destacou que o político fez parte de uma "organização criminosa complexa, com divisão de tarefas aprofundada, de forma metódica e duradoura". 

Azeredo se valeu de uma rede de captação ilegal de recursos para financiar sua campanha. Os desvios envolviam empresas públicas e privadas em esquema de caixa dois, sem declaração à Justiça Eleitoral. Um dos "operadores" da rede era o publicitário Marcos Valério Fernandes, condenado a 40 anos por envolvimento no mensalão do PT. 

Em fevereiro de 2014, a Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de Azeredo a 22 anos de prisão. O então deputado federal renunciou ao mandato e o caso voltou à primeira instância, cuja sentença foi conhecida agora, em dezembro de 2015. 

Azeredo é o primeiro político do mensalão tucano a receber condenação - 17 anos depois dos acontecimentos. A reportagem tentou contato com advogado do político, Castelar Modesto Guimarães, mas ele não foi encontrado.

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