Pai adotivo afirma que diretora de abrigo prejudicou disputa de guarda
Justiça determinou que a menina de quatro anos retorne para família biológica
Minas Gerais|Do R7
O caso da menina de quatro anos que deverá ser devolvida aos pais biológicos depois de ser adotada por um casal de Contagem, na Grande BH, teve mais um desdobramento nesta terça-feira (29). A polêmica foi tema de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O pai adotivo da menina, Válbio Messias Silva fez denúncias sobre o envolvimento da diretora do abrigo onde a criança ficou até ser adotada, e do marido dela. Ele alegou que a mulher teria tentado impedir a adoção dizendo que a menor tinha estabelecido laços com ela e que seria sua filha.
Silva, que estava na fila de adoção há cerca de cinco anos, apresentou um email enviado pela diretora quatro dias depois de ele ter buscado a criança no abrigo. No texto, ela diz que não consegue sobreviver sem a criança. A diretora da instituição teria argumentado ainda que houve erro da assistente social. O pai adotivo da menina ainda contou que a mulher teria feito ameaças contra ele.
Em seguida a estes acontecimentos, os laudos emitidos pelo abrigo sobre a condição da família biológica da menor mudaram radicalmente. Se antes eles reforçavam que a família não tinha condições de cuidar da criança, já que o pai era alcoólatra e a mãe sofria de problemas psiquiátricos, eles passaram a apresentar uma nova realidade, de que eles estariam curados e tinham como reaver a guarda da filha.
O Ministério Público Estadual deve debater o caso. A última decisão judicial definiu que a criança retorne ao convívio com a família biológica em um prazo de adaptação de até cinco meses.