Peça íntima encontrada com suspeito não era de universitária morta no sul de MG, diz polícia
Andarilho foi preso acusado de matar Déborah Oliveira, no último dia 15 de agosto
Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7
Novas informações podem causar uma reviravolta do caso da morte da universitária Deborah Oliveira, de 18 anos, em Itajubá, no sul do Estado. Cerca de 48 horas depois do crime, um andarilho foi preso como suspeito: dentro da mochila dele, a polícia encontrou peças de roupas íntimas que familiares confirmaram serem de Déborah. No entanto, o delegado responsável pelo caso, Pedro Bezerra, informou que a vestimenta não pertencia à jovem. A peça verdadeira foi recentemente encontrada e enviada para análise.
O delegado enviou a peça íntima para exames no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte na semana passada e pediu agilidade nos resultados. Nas redes sociais, moradores da cidade levantaram a hipótese de que outra pessoa havia sido presa na última segunda-feira (30) pelo crime, mas Bezerra alega que a informação "não procede". Ele pede que sejam "desconsiderados os boatos" e ressalta que todas as hipóteses estão sendo consideradas.
— A gente não descarta nem a participação dele [do andarilho], nem de ninguém.
Sem revelar ao certo onde a roupa de Déborah foi achada ou o teor do depoimento do atual suspeito, o delegado afirma apenas que "as drogas já pegaram muito a cabeça dele" e conta que o andarilho foi ouvido várias vezes.
Especulação
Os boatos sobre a morte da jovem, que chocou o município, ganharam proporção pelo Facebook. Em grupos onde moradores do local se reúnem, os comentários afirmam que o verdadeiro responsável pelo crime seria parente de pessoas "influentes" do local. No entanto, até o momento, todas as especulações são negadas pela Polícia Civil.
Relembre o crime
O corpo de Déborah foi encontrado no final da tarde do dia 15 de agosto, com sinais de estrangulamento, dentro de uma construção na alameda Boa Esperança, via que faz a ligação entre os bairros BPS e Morro Chic. O local é considerado perigoso. Os funcionários da universidade chegam a recomendar que os estudantes não passem sozinhos pela alameda, que é isolada e com pouca movimentação durante a noite.