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Pico Belo Horizonte pode deslizar com mineração na Serra do Curral

Alerta vem de técnicos contratados pela prefeitura da capital mineira para avaliar o projeto que ficará na divisa com Nova Lima

Minas Gerais|Maria Luiza Reis*, Do R7

Prefeitura alerta sobre distância do projeto
Prefeitura alerta sobre distância do projeto Prefeitura alerta sobre distância do projeto

A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou, nesta quinta-feira (19), um documento que alerta para mais riscos do empreendimento minerário na Serra do Curral, em Nova Lima, na região metropolitana da capital. Segundo estudos apresentados pela Prefeitura, o Pico Belo Horizonte pode ser comprometido e sofrer até mesmo um deslizamento. 

A denúncia foi apresentada no pedido de tutela cautelar que solicita a suspensão, pela Justiça Federal, do licenciamento que permitiu a mineração. A Prefeitura solicitou que quatro geólogos se aprofundassem nos estudos do risco geológico do empreendimento. O parecer apresentado pelos técnicos denúncia que os riscos seriam ainda mais graves que os inicialmente cogitados. 

Segundo o projeto de construção da mineradora, a cava-oeste do empreendimento será construído a 150 metros do Pico Belo Horizonte, patrimônio cultural e paisagístico tombado pelo Iphan, o que pode “gerar escorregamento do talude pelas características geológicas da região”. Os técnicos pontuaram que a intervenção na Serra prevê a instalação da cava em questão com uso de explosivos, o que pode gerar um risco à integridade do pico.

De acordo com o documento apresentado à Justiça, o Estado de Minas Gerais e a TAMISA não realizaram estudos sobre os possíveis impactos geológicos no pico. “A ausência de estudos específicos para mapear os parâmetros geológico-geotécnicos, acompanhado das devidas análises de estabilidade necessárias para mensurar os riscos implícitos à integridade do Pico Belo Horizonte, não permite afirmar que a paisagem de Belo Horizonte não será afetada com a abertura da cava oeste” alertou os geólogos. 

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Os servidores visitaram a área e no parecer técnico entregue para a Prefeitura alertaram que o contexto geológico e geotécnico do maciço a ser explorado “é historicamente favorável à ocorrência de movimentos de massa.” A exemplo, eles citam o episódio de deslizamento ocorrido no talude “Morro do Patrimônio” (cava desativada da mina de Águas Claras). 

O documento entregue à Justiça Federal solicita que o Governo do Estao de Minas Gerais e a Tamisa expliquem como o projeto e o licenciamento foram elaborados sem estudos que considerassem o pico Belo Horizonte. A reportagem procurou os citados e aguarda retorno.

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