Os casacos, vestidos e ponchos feitos de tricô e crochê da marca Doisélles que foram expostos no Minas Trend Preview foram feitos por detentos da Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires, na Zona da Mata. Dois detentos que fizeram parte da produção, Luiz Paulo Pacheco da Silva, 33 anos, preso há 12 anos, e Sandro Heleno dos Santos, de 31, detido há cinco, puderam visitar a exposição nesta quinta-feira (10).
O nome da coleção “Flor de Lotus” é uma homenagem aos que fizeram parte da mãe-de-obra. Em um dos pontos onde estavam expostas as peças, um painel enorme mostrada fotos dos presos. Além disso, vídeos contavam o dia a dia do trabalho na penitenciária.
A parceria da penitenciária com a marca existe há cinco anos. Os presos trabalham dentro de um ateliê montado na unidade. Há duas condições para que o preso possa participar da produção das roupas: ter um excelente comportamento e estudar. A expectativa é que outros 20 presos também comecem a trabalhar para a marca. A inciativa faz parte do programa Trabalhando a Cidadania, da Secretaria de Estado de Defesa Social.
Internacional
As peças são exportadas para 11 países. A coleção é vendida em um showroom de São Paulo, feiras em Paris e Tóquio e 70 lojas multimarcas no Brasil.