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Sindicatos mantêm calendário de manifestações em BH apesar de proibição da Justiça

Sind-UTE argumenta que a Lei Geral da Copa garante o direito de manifestar

Minas Gerais|Do R7 MG

Policiais civis queimaram caixão na Praça Sete durante protesto
Policiais civis queimaram caixão na Praça Sete durante protesto Policiais civis queimaram caixão na Praça Sete durante protesto

Em resposta àliminar expedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais na última quinta-feira (13), que proíbe manifestações que causem transtorno durante os jogos da Copa das Confederações, sindicatos garantem que irão manter o calendário de protestos previsto para a próxima semana em Belo Horizonte.

Beatriz Cerqueira, presidente do Sind-UTE MG (Sindicado Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais), alega que a programação de manifestações foi elaborada no último dia 5 e que o Governo de Minas Gerais teve diversas oportunidades anteriores para negociar com a categoria.

Segundo ela, o sindicato recorreu contra a liminar, que classificou como "covarde". Beatriz lembra que a Lei Geral da Copa, válida para todo o território brasileiro durante a Copa das Confederações 2013, a Copa do Mundo 2014 e a Jornada Mundial da Juventude 2013, garante o direito à manifestação.

A lei decretada no dia 5 de junho de 2012 afirma que "é ressalvado o direito constitucional ao livre exercício de manifestação e à plena liberdade de expressão em defesa da dignidade da pessoa humana".

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O Sind-UTE afirma que vai se basear nesta lei para realizar protestos e reivindicações durante a Copa das Confederações. O Tribunal de Minas Gerais, por sua vez, garante que o direito à manifestação não está impedido. Segundo o órgão, a medida proíbe que o trânsito sofra transtornos durante os dias do evento.

Sindipol

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O Sindipol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais) alegou que os trâmites judiciais contra a liminar já estão em andamento. Segundo Denilson Martins, presidente do sindicato, a expectativa é de que a medida seja derrubada nos próximos dias.

Além de entrar com um recurso contra a liminar, o sindicato informou que vai fazer uma representação contra o governador de Minas Gerais no Ministério do Trabalho e uma contra o desembargador Barros Levenhagen, responsável pela liminar, no Conselho Nacional de Justiça. Ele afirma que direitos constitucionais, como o da organização sindical e da livre expressão, foram lesados.

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De acordo com Martins, o calendário de manifestações da Polícia Civil permanece inalterado, mas não há programação específica para os dias de jogos. Eles continuarão a distribuir panfletos, afixar cartazes e divulgar vídeos em todo o território de Minas Gerais.

— Desde que entramos em greve, nós não temos nenhum cronograma para impedir o trânsito. Só precisam atender o que nos foi prometido em 2011, porque essa greve é por dignidade e condições decentes de trabalho.

Ainda segundo o presidente do Sindipol, o estado de greve se mantém com grande adesão da categoria. A Polícia Civil opera em escala mínina, com 30% da capacidade, desde o dia 10 de junho. Oficialmente, a corporação garante que o atendimento nas delegacias não foi prejudicado.

*Com a colaboração de Camila Braga

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