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Entre balas e morteiros: relembre os conflitos armados deste ano em 13 imagens

Confrontos antigos persistiram e novas disputas marcaram 2013

Retrospectiva 2013|Do R7

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O ano de 2013 ofereceu poucos motivos para se acreditar na paz entre os povos do mundo. Neste ano, fomos testemunhas do acirramento de disputas recentes e, para piorar, a persistência de conflitos mais antigos.   A guerra civil síria continua um sangrento impasse entre o governo de Bashar al Assad e os grupos rebeldes.  O embate, que já dura quase três anos, fez mais de 110 mil mortos e aproximadamente 2,2 milhões de refugiados. Nesse período, 2013 foi o ano mais sangrento. O destaque negativo foi o criminoso ataque químico de agosto passado (foto), que assassinou cerca de 1.500 pessoas, sendo quase um terço do total composto por crianças
Após a confirmação de que armas químicas tinhas sido utilizadas em pelo menos um ataque na cidade de Ghouta, o presidente americano Barack Obama ameaçou o regime sírio com ataques militares punitivos. Os países ocidentais e a Liga Árabe também condenaram ataque e afirmaram que era um crime de guerra.  O regime de Assad negou o ataque e tentou culpar as forças rebeldes. A revolta americana diante da atrocidade quase levou o país a atacar o território sírio. Entretanto, a diplomacia russa evitou a ação 
Em setembro, americanos e russos chegaram a um acordo para destruir as armas químicas sírias, obrigando Damasco a apresentar uma lista de seu arsenal. Segundo Jonh Kerry, secretário de Estado dos EUA, o objetivo é retirar as armas químicas sírias em meados de 2014. Além disso, Rússia e EUA acertaram uma resolução da ONU que deixa em aberto a possibilidade de recorrer à força, afirmou Kerry, depois de três dias de negociações com seu colega russo Serguei Lavrov. O chefe da diplomacia russa afirmou que o Conselho de Segurança da ONU reagirá se, no futuro, a Síria violar seus compromisso sobre as armas químicas
Recentemente, o diretor da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) disse esperar que as operações de destruição do arsenal químico sírio comece em janeiro. A OPAQ recebeu oficialmente o Prêmio Nobel por seus esforços para eliminar as armas de destruição em massa na Síria e em todo o planeta. "Nós esperamos que até o final de janeiro a destruição tenha começado no navio americano", especialmente preparado para esta missão, declarou Ahmet Uzumcu em uma entrevista à AFP em Oslo. Segundo os planos da OPAQ, os agentes químicos mais perigosos do arsenal sírio deverão ser transportados para fora do país, antes do dia 31 de dezembro, para serem neutralizados por hidrólise a bordo de uma embarcação da Marinha americana
Também não foi desta vez que os EUA conseguiram definitivamente consolidar as instituições afegãs para, finalmente, encerrar um conflito que já dura mais de dez anos.  Em 2013, o governo Obama intensificou os esforços para conseguir liberar o país da intervenção estrangeira. Entretanto, frequentes atos terroristas e demonstrações de força rebelde — sobretudo nas regiões onde a presença estatal ainda é deficiente —, evidenciam a frágil estabilidade do poder público. Apesar do enfraquecimento da influência e da capacidade bélica dos talebans, o grupo resiste como obstáculo para o desenvolvimento de um Estado democrático e para que se possa atingir a paz. A guerra do Afeganistão já dura 13 anos, matou mais de 13 mil pessoas e, até hoje, custou aproximadamente 350 bilhões de dólares aos cofres do Tio Sam
O Iraque é outro lugar que passou o ano convivendo com explosões, morteiros e carros-bomba. Neste ano, o que mais chamou a atenção internacional foi o elevado número de ataques terroristas no país. De acordo com o governo local, apenas em novembro, cerca de mil pessoas morreram em atentados à bomba, a maioria civis. A invasão americana do Iraque teve início em 2003. Seu Exército retirou-se oficialmente em 2011, mas a violência das ações insurgentes evidencia a instabilidade institucional das autoridades nacionais, afastando um almejado ambiente de paz
Em 2013, os norte-coreanos mantiveram a postura de animosidade com o Ocidente e voltaram a ameaçar o mundo com o desenvolvimento de armas nucleares. Em março, o país realizou testes nucleares. Em outubro, americanos e sul-coreanos anunciaram um plano de dissuasão ante ameaça nuclear de Pyongyang.  O plano contempla não apenas a ameaça nuclear, mas todas as armas de destruição em massa do Norte, sobretudo as armas químicas. A Coreia do Norte poderia dispor de quase 5.000 toneladas de armas químicas, cinco vezes mais que a Síria, segundo fontes sul-coreanas
Outra nação do Oriente Médio que também conviveu com atos terroristas e intervenções militares estrangeiras em 2013 foi o Iêmem. O país abriga vários braços e líderes da Al Qaeda e, por isso, além de ser alvo dos ataques dos extremistas islâmicos, também sofre com os bombardeiros praticados pelos drones americanos (aviões não tripulados).  No início deste mês, um atentado contra a sede do Ministério da Defesa causou a morte de 68 pessoas. Acima, soldados iemenitas participam de funeral em Sanaa
Entre palestinos e israelenses, o ano de 2013 pode ter resultado num novo capítulo de negociações diplomáticas. Graças ao esforço americano, liderado pelo secretário de Estado John Kerry, os dois lados deram sinais de que o diálogo para a paz está progredindo, ainda que lentamente.  No entanto, enquanto o governo israelense mantiver a política de assentamentos judaicos em territórios palestinos, um acordo definitivo permanecerá distante. Ainda assim, Kerry deve realizar novas visitas à região este ano para acelerar as conversações. Vale lembrar que Israel mantém acordos de paz com apenas dois vizinhos: Egito e Jordânia. Na prática, o Estado judaico vive uma guerra permanente com o Líbano, a Síria e os territórios palestinos 
A África não escapou da violência armada provocada por grupos rebeldes em 2013. Em várias nações, o ano foi marcado por atos terroristas e conflitos sangrentos.  A República Centro-Africana está mergulhada no caos desde que a coalizão rebelde Seleka, majoritariamente muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé, em março deste ano. Posteriormente, um governo de transição liderado por um ex-rebelde perdeu o controle do país, colocando em rota de choque grupos rivais cristãos e muçulmanos.  Massacres e estupros sumários provocaram o êxodo de dezenas de milhares de pessoas. Uma força militar internacional liderada pela França entrou no país neste mês, com aval da ONU, para conter a situação
Segundo a FAO (agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura), cerca de 1,3 milhão de centro-africanos "precisam de ajuda alimentar urgente por causa dos distúrbios".  Os registros dessa guerra civil envolvem diversas barbaridades cometidas em incursões das forças de segurança e de milícias a aldeias, como execuções sumárias e estupros em massa
Os franceses também foram responsáveis pela intervenção internacional realizada desde janeiro deste ano no Mali. Mesmo assim, grupos rebeldes radicais ligados à rede terrorista Al Qaeda continuam a realizar ataques na região.  Desde o final de setembro, esses insurgentes mataram pelo menos uma dúzia de soldados e civis. Em novembro, foi organizada uma eleição legislativa para que a nação retome a ordem constitucional, suspensa no dia 22 março de 2012 por um golpe de Estado
Na República Democrática do Congo, rebeldes e governo deram início a um processo de paz em novembro.  Entretanto, as negociações foram bloqueadas por uma questão semântica, já que o governo de Kinshasa se negou a assinar um texto que mencionasse especificamente o termo "acordo". O grupo rebelde M23 é ativo desde maio de 2012 em Nord-Kivu, nordeste do país. Especialistas da ONU acusam os vizinhos Ruanda e Uganda de apoiar essa milícia armada — acusação negada por esses países. A atual paralisação do diálogo reforçou o medo de uma nova escalada da violência

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O ano de 2013 ofereceu poucos motivos para se acreditar na paz entre os povos do mundo. Neste ano, fomos testemunhas do acirramento de disputas recentes e, para piorar, a persistência de conflitos mais antigos.   A guerra civil síria continua um sangrento impasse entre o governo de Bashar al Assad e os grupos rebeldes.  O embate, que já dura quase três anos, fez mais de 110 mil mortos e aproximadamente 2,2 milhões de refugiados. Nesse período, 2013 foi o ano mais sangrento. O destaque negativo foi o criminoso ataque químico de agosto passado (foto), que assassinou cerca de 1.500 pessoas, sendo quase um terço do total composto por crianças
Após a confirmação de que armas químicas tinhas sido utilizadas em pelo menos um ataque na cidade de Ghouta, o presidente americano Barack Obama ameaçou o regime sírio com ataques militares punitivos. Os países ocidentais e a Liga Árabe também condenaram ataque e afirmaram que era um crime de guerra.  O regime de Assad negou o ataque e tentou culpar as forças rebeldes. A revolta americana diante da atrocidade quase levou o país a atacar o território sírio. Entretanto, a diplomacia russa evitou a ação 
Em setembro, americanos e russos chegaram a um acordo para destruir as armas químicas sírias, obrigando Damasco a apresentar uma lista de seu arsenal. Segundo Jonh Kerry, secretário de Estado dos EUA, o objetivo é retirar as armas químicas sírias em meados de 2014. Além disso, Rússia e EUA acertaram uma resolução da ONU que deixa em aberto a possibilidade de recorrer à força, afirmou Kerry, depois de três dias de negociações com seu colega russo Serguei Lavrov. O chefe da diplomacia russa afirmou que o Conselho de Segurança da ONU reagirá se, no futuro, a Síria violar seus compromisso sobre as armas químicas
Recentemente, o diretor da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) disse esperar que as operações de destruição do arsenal químico sírio comece em janeiro. A OPAQ recebeu oficialmente o Prêmio Nobel por seus esforços para eliminar as armas de destruição em massa na Síria e em todo o planeta. "Nós esperamos que até o final de janeiro a destruição tenha começado no navio americano", especialmente preparado para esta missão, declarou Ahmet Uzumcu em uma entrevista à AFP em Oslo. Segundo os planos da OPAQ, os agentes químicos mais perigosos do arsenal sírio deverão ser transportados para fora do país, antes do dia 31 de dezembro, para serem neutralizados por hidrólise a bordo de uma embarcação da Marinha americana
Também não foi desta vez que os EUA conseguiram definitivamente consolidar as instituições afegãs para, finalmente, encerrar um conflito que já dura mais de dez anos.  Em 2013, o governo Obama intensificou os esforços para conseguir liberar o país da intervenção estrangeira. Entretanto, frequentes atos terroristas e demonstrações de força rebelde — sobretudo nas regiões onde a presença estatal ainda é deficiente —, evidenciam a frágil estabilidade do poder público. Apesar do enfraquecimento da influência e da capacidade bélica dos talebans, o grupo resiste como obstáculo para o desenvolvimento de um Estado democrático e para que se possa atingir a paz. A guerra do Afeganistão já dura 13 anos, matou mais de 13 mil pessoas e, até hoje, custou aproximadamente 350 bilhões de dólares aos cofres do Tio Sam
O Iraque é outro lugar que passou o ano convivendo com explosões, morteiros e carros-bomba. Neste ano, o que mais chamou a atenção internacional foi o elevado número de ataques terroristas no país. De acordo com o governo local, apenas em novembro, cerca de mil pessoas morreram em atentados à bomba, a maioria civis. A invasão americana do Iraque teve início em 2003. Seu Exército retirou-se oficialmente em 2011, mas a violência das ações insurgentes evidencia a instabilidade institucional das autoridades nacionais, afastando um almejado ambiente de paz
Em 2013, os norte-coreanos mantiveram a postura de animosidade com o Ocidente e voltaram a ameaçar o mundo com o desenvolvimento de armas nucleares. Em março, o país realizou testes nucleares. Em outubro, americanos e sul-coreanos anunciaram um plano de dissuasão ante ameaça nuclear de Pyongyang.  O plano contempla não apenas a ameaça nuclear, mas todas as armas de destruição em massa do Norte, sobretudo as armas químicas. A Coreia do Norte poderia dispor de quase 5.000 toneladas de armas químicas, cinco vezes mais que a Síria, segundo fontes sul-coreanas
Outra nação do Oriente Médio que também conviveu com atos terroristas e intervenções militares estrangeiras em 2013 foi o Iêmem. O país abriga vários braços e líderes da Al Qaeda e, por isso, além de ser alvo dos ataques dos extremistas islâmicos, também sofre com os bombardeiros praticados pelos drones americanos (aviões não tripulados).  No início deste mês, um atentado contra a sede do Ministério da Defesa causou a morte de 68 pessoas. Acima, soldados iemenitas participam de funeral em Sanaa
Entre palestinos e israelenses, o ano de 2013 pode ter resultado num novo capítulo de negociações diplomáticas. Graças ao esforço americano, liderado pelo secretário de Estado John Kerry, os dois lados deram sinais de que o diálogo para a paz está progredindo, ainda que lentamente.  No entanto, enquanto o governo israelense mantiver a política de assentamentos judaicos em territórios palestinos, um acordo definitivo permanecerá distante. Ainda assim, Kerry deve realizar novas visitas à região este ano para acelerar as conversações. Vale lembrar que Israel mantém acordos de paz com apenas dois vizinhos: Egito e Jordânia. Na prática, o Estado judaico vive uma guerra permanente com o Líbano, a Síria e os territórios palestinos 
A África não escapou da violência armada provocada por grupos rebeldes em 2013. Em várias nações, o ano foi marcado por atos terroristas e conflitos sangrentos.  A República Centro-Africana está mergulhada no caos desde que a coalizão rebelde Seleka, majoritariamente muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé, em março deste ano. Posteriormente, um governo de transição liderado por um ex-rebelde perdeu o controle do país, colocando em rota de choque grupos rivais cristãos e muçulmanos.  Massacres e estupros sumários provocaram o êxodo de dezenas de milhares de pessoas. Uma força militar internacional liderada pela França entrou no país neste mês, com aval da ONU, para conter a situação
Segundo a FAO (agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura), cerca de 1,3 milhão de centro-africanos "precisam de ajuda alimentar urgente por causa dos distúrbios".  Os registros dessa guerra civil envolvem diversas barbaridades cometidas em incursões das forças de segurança e de milícias a aldeias, como execuções sumárias e estupros em massa
Os franceses também foram responsáveis pela intervenção internacional realizada desde janeiro deste ano no Mali. Mesmo assim, grupos rebeldes radicais ligados à rede terrorista Al Qaeda continuam a realizar ataques na região.  Desde o final de setembro, esses insurgentes mataram pelo menos uma dúzia de soldados e civis. Em novembro, foi organizada uma eleição legislativa para que a nação retome a ordem constitucional, suspensa no dia 22 março de 2012 por um golpe de Estado
Na República Democrática do Congo, rebeldes e governo deram início a um processo de paz em novembro.  Entretanto, as negociações foram bloqueadas por uma questão semântica, já que o governo de Kinshasa se negou a assinar um texto que mencionasse especificamente o termo "acordo". O grupo rebelde M23 é ativo desde maio de 2012 em Nord-Kivu, nordeste do país. Especialistas da ONU acusam os vizinhos Ruanda e Uganda de apoiar essa milícia armada — acusação negada por esses países. A atual paralisação do diálogo reforçou o medo de uma nova escalada da violência

O ano de 2013 ofereceu poucos motivos para se acreditar na paz entre os povos do mundo. Neste ano, fomos testemunhas do acirramento de disputas recentes e, para piorar, a persistência de conflitos mais antigos.   A guerra civil síria continua um sangrento impasse entre o governo de Bashar al Assad e os grupos rebeldes.  O embate, que já dura quase três anos, fez mais de 110 mil mortos e aproximadamente 2,2 milhões de refugiados. Nesse período, 2013 foi o ano mais sangrento. O destaque negativo foi o criminoso ataque químico de agosto passado (foto), que assassinou cerca de 1.500 pessoas, sendo quase um terço do total composto por crianças

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