O alemão Markus Muller, de 51 anos, morador do apartamento 1001, onde houve uma explosão na última segunda-feira (18), em um edifício em São Conrado, zona sul do Rio, relatou para equipe médica que o atendeu, no Hospital Miguel Couto, que foi torturado por um suspeito. A Polícia Civil não confirmou a informação.
Após ser socorrido, ele teria dito que foi esfaqueado por um homem que invadiu a residência para roubar. Os médicos não sabem dizer se a versão se trata de um delírio da vítima.
Um laudo do Hospital Miguel Couto confirmou cortes feitos no corpo da vítima. De acordo com os médicos que assinaram o documento, as marcas foram provocadas por um objeto cortante, provavelmente uma faca.
A possibilidade desses cortes terem sido provocados por estilhaços da explosão foi praticamente descartada.
A polícia segue investigando duas hipóteses: que ele tenha sofrido uma tentativa de assalto ou que tenha tentado o suicídio.
Em depoimento, um porteiro do edifício disse que Muller chegou em casa sozinho, no dia anterior à explosão, no domingo (17), às 21h.
A CEG (Companhia Estadual de Gás) constatou que, no apartamento do alemão, o consumo de gás chegou a 30 mil m², volume cinco vezes maior do que ele costumava usar durante todo o mês. Os peritos afirmaram que a mangueira do aquecedor estava intacta, indicando que ela foi retirada por alguém que queria provocar o vazamento.
Um vídeo mostra fogo no apartamento que explodiu às 6h da manhã na segunda. Um funcionário de um posto de gasolina localizado próximo ao prédio, que fez a gravação, diz que parece que a chama está em movimento, se assemelhando a uma pessoa. A polícia vai analisar as imagens. É grande a probabilidade de ser Markus Muller, já que ele foi o único ferido e está com 50% do corpo queimado.
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