Após reunião, Paes diz esperar retomada do serviço do BRT no Rio
Prefeito se encontrou com representantes do consórcio devido à paralisação provocada por greve de motoristas nesta segunda (1º)
Rio de Janeiro|Mariene Lino, do R7*
O prefeito Eduardo Paes afirmou que a prefeitura espera que o serviço do BRT seja retomado ainda nesta segunda-feira (1º), após reunião com representantes do consórcio que administra o sistema. A circulação está paralisada desde o início da manhã devido a uma greve de motoristas.
"Dentro do plano de contingência, que ontem foi dialogado e que não foi colocado em prática, já foi oficiado para que coloquem em prática, caso a greve continue. Mas saímos daqui com a garantia de que negociariam com seus funcionários para que retomassem os serviços. O que a gente espera é que ainda no dia de hoje o serviço seja retomado", disse Paes.
Paes disse que, dentro de 90 dias, vai buscar uma solução definitiva para o problema juntamente com o Ministério Público.
O prefeito também declarou que uma das prioridades da prefeitura é assumir o controle da bilhetagem do serviço.
Nesta tarde, a PGM (Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro) entrou com um pedido de liminar no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que os serviços do BRT fossem integralmente retomados. Uma audiência foi marcada para terça (2), às 14h.
Em nota, o órgão afirmou que a petição tem como base o fato de que quaisquer paralisações no serviço público essencial devam ser comunicadas com pelo menos 72 horas de antecedência.
O pedido também levou em conta a pandemia da covid-19 e a necessidade da prestação de serviços indispensáveis, o que, segundo a PGM, não ocorreu nesta ocasião.
O BRT Rio informou que uma greve de motoristas ocasionou a paralisação da circulação dos corredores Transcarioca, Transoeste e Transolímpica. Devido a isso, os intervalos ficaram irregulares, e o serviço, inviabilizado.
Dentre as reivindicações dos motoristas, estão a não redução salarial, o compromisso do pagamento de salário no quinto dia útil e melhores condições de trabalho, como a instalação de uma cabine para separar trabalhadores e passageiros e evitar o contágio pelo coronavírus.
Por conta da greve, muitos passageiros tiveram dificuldades para chegar ao trabalho. Segundo eles, os preços cobrados por vans e mototáxis, por exemplo, chegaram a R$ 30 e os ônibus executivos, cuja passagem é de R$ 14, ficaram superlotados.
Mais cedo, Paes descartou ajuda financeira e disse que pretende entrar em acordo para defender o poder público.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira