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Caso Jandira: falso médico diz que tentou reanimar grávida por uma hora em clínica de aborto

A polícia tenta descobrir quem foi o responsável por mutilar o corpo da jovem após a morte

Rio de Janeiro|Do R7

O falso médico Carlos de Oliveira foi preso em 8 de outubro, mais de um mês após a morte de Jandira Magdalena
O falso médico Carlos de Oliveira foi preso em 8 de outubro, mais de um mês após a morte de Jandira Magdalena

O falso médico Carlos de Oliveira, suspeito de participar da morte da jovem Jandira Magdalena, contou, em depoimento à polícia, que tentou reanimar a jovem por uma hora na sala de cirurgia, após o procedimento de interrupção da gravidez da moça dar errado. A informação foi passada pelo delegado Helio Alonso, titular da Delegacia de Campo Grande (35ª DP), com exclusividade ao R7.

Carlos de Oliveira ficou foragido depois do crime e o Disque-Denúncia chegou a oferecer R$ 1.000 de recompensa por pistas que levassem à prisão dele, mas o suspeito se entregou à polícia na semana passada. O delegado Alonso contou que Oliveira tem histórico de envolvimento com casos de aborto.

— Ele já trabalhava nas clínicas clandestinas da Rosemere Ferreira havia pelo menos cinco anos. O Carlos de Oliveira chegou a cursar medicina, fez cinco anos de faculdade, mas não concluiu. Depois disso, ele passou a trabalhar com abortos e já tem oito anotações criminais.

O próximo passo da polícia é tentar descobrir quem mutilou e tirou a arcada dentária do corpo de Jandira antes de incendiá-lo. Para isso, o delegado Alonso vai até o Complexo Penitenciário de Gericinó, onde estão os presos por envolvimento no caso, para colher novos depoimentos.

Na segunda-feira, Agda Ferreira, suspeita de atuar como faxineira na clínica de aborto, se entregou à polícia. Ela foi a oitava presa no caso. O delegado Alonso informou ao R7 que Agda deve responder pelos mesmos crimes dos demais suspeitos: aborto, homicídio qualificado e formação de quadrilha. Agda só não deve ser indiciada por ocultação de cadáver, como acontecerá com os outros investigados. A técnica de enfermagem Keyla Leal ainda está foragida.

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