Caso João Pedro: Polícia Civil marca reconstituição da operação
Segundo informações da Record TV Rio, o pai do garoto, Neilton Pinto, e um primo prestaram depoimentos por chamada de vídeo ao MPRJ
Rio de Janeiro|Vinícius Andrade, do R7*, com Record TV Rio
A Polícia Civil marcou para a próxima terça-feira (9) a reconstituição da operação das policias Civis e Federal que terminou com o menino João Pedro morto, no último dia 18, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
A coorporação disse, em nota, que a unidade convidou o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, que está assistindo a família, para acompanhar a perícia.
Segundo informações da Record TV Rio, o pai do garoto, Neilton Pinto, e um primo prestaram depoimentos por chamada de vídeo ao MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) nesta quarta-feira (3).
Outros adolescentes que estavam com o garoto no dia do crime também vão ser ouvidos no decorrer da semana pelos promotores.
Em nota, a defensoria disse que só se manifestará após o depoimento de todos os envolvidos no caso.
A orientação para que a família falasse diretamente ao Ministério Público partiu da Defensoria Pública. Com base numa decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, a defesa alegou que a investigação de mortes com suspeita de intervenção policial deve ser feita por um órgão independente, e não por uma força de segurança envolvida na ação.
No caso de João Pedro, a Polícia Civil, que conduz o inquérito, deu apoio à operação com homens da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais).
Um dos policiais que participaram da ação mudou o primeiro depoimento prestado na DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí).
No último dia 22, a CGPOL (Corregedoria Geral de Polícia Civil) afastou ao menos três envolvidos na ação do serviço operacional.
A PF (Polícia Federal) também recebeu um ofício para prestar informações sobre o planejamento e objetivos da operação, já que a ação foi coordenada pela instituição. A Corregedoria da PF também instaurou um procedimento para apurar a conduta dos agentes no caso.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.