A Corregedoria da Polícia Civil afastou do serviço operacional, nesta sexta-feira (22), três agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) que participaram da operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, que terminou com a morte do menino João Pedro. No entanto, os policiais civis continuam a exercer atividades administrativas. A decisão foi tomada após a instituição abrir uma sindicância administrativa disciplinar para apurar a conduta dos policiais civis que deram apoio à operação da Polícia Federal, no último dia 19. Em paralelo, a DHNSGI (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) investiga quem é o responsável pela morte do adolescente. A polícia já sabe que o tiro que atingiu João Pedro, dentro de casa, saiu de um fuzil. Os investigadores esperam ainda pelo resultado do exame de confronto balístico que vai determinar de qual arma partiu o disparo. Três fuzis e uma pistola que estavam com os policiais envolvidos na ação foram apreendidas para análise. Os agentes prestaram depoimento na quinta-feira (21). O comandante da aeronave, que socorreu o jovem, afirmou que o uso do helicóptero se deu porque por vias terrestres o resgate seria mais demorado. Ele não explicou o motivo de não comunicar à família sobre o paradeiro do corpo. A família de João Pedro ainda não foi ouvida. A Defensoria Pública, que passou a representar os pais do menino, entrou com um pedido para que as investigações sejam conduzidas pelo Ministério Público. Após a morte de João Pedro, o pai disse que ação foi “descontrolada”. Mais de 70 marcas de tiros foram encontradas na casa onde o menino foi ferido.