Chefe da Polícia Civil se defende de denúncia do MP-RJ
Em coletiva de imprensa, Rivaldo Barbosa justificou irregularidades encontradas pela Promotoria na contratação de serviços de informática
Rio de Janeiro|Thaís Silveira, do R7*, com Record TV Rio
O chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, se defendeu da denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) sobre supostas irregularidades em licitações durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13).
A Promotoria também pediu à Justiça do Rio o afastamento imediato das funções de Barbosa e outros quatro delegados envolvidos no processo, entre eles o ex-chefe da Pcerj, Carlos Leba.
Durante a coletiva, Barbosa disse que a polícia tentou realizar uma licitação de março a setembro do ano passado, mas nenhuma empresa se inscreveu, por falta de pagamento do Estado. Por isso, ainda de acordo com ele, um novo processo licitatório foi instalado, mas o TCE (Tribunal de Contas do Estado) mudou o entendimento.
O MP-RJ investiga supostas irregularidades na contratação de serviços de informática para delegacias do Estado. A denúncia oferecida pelo promotor Claudio Calo, titular da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, destaca que os suspeitos dispensaram licitação, fora das hipóteses previstas em lei.
Segundo as investigações, a Polícia Civil fechou três contratos emergencias entre os anos de 2016 e 2018. Os valores passam de R$ 19 milhões.
Procurada pelo R7, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que "a contratação foi feita em regime de emergência para que o banco de dados da polícia não fosse paralisado, o que geraria incalculáveis prejuízos ao trabalho da instituição e à prestação do serviço público essencial à sociedade".
Barbosa foi nomeado chefe da corporação pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Richard Nunes. Ele tomou posse em março deste ano.
Assista ao vídeo:
*Estagiária do R7, sob supervisão de Celso Fonseca