Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Ciclovia de São Conrado caiu porque plataforma não estava amarrada aos pilares

Conclusão do Instituto de Criminalistíca Carlos Éboli foi divulgada nesta quarta (4)

Rio de Janeiro|Do R7

Peritos analisaram projeto e encontraram falha na estrutura
Peritos analisaram projeto e encontraram falha na estrutura

A queda da ciclovia de São Conrado no dia 21 de abril, que vitimou duas pessoas, aconteceu porque a plataforma não estava amarrada aos pilares da construção. A conclusão é do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) e foi divulgada nesta quarta-feira (4). Segundo a análise dos engenheiros e técnicos, a plataforma estava somente apoiada sobre os pilares. 

Segundo o diretor do ICCE, Sérgio William, o projeto subestimou a força das águas e não considerou que pudesse haver uma onda tão grande, a ponto de atingir a ciclovia. 

— A principal convicção é de que não foram encontrados cálculos para a sustentação da viga, com fixação, e impacto de energia ascendente da onda. Houve subdimensionamento daquele impacto de energia.

William aponta, entretanto, que a estrutura das colunas teve análise e execução "muito boas", já que elas permaneceram intactas. O laudo inicial sobre o acidente foi concluído após análise de toda a documentação do projeto, por parte de engenheiros e técnicos. A ciclovia tinha 95 dias de uso até o dia do acidente.


No dia 28 de abril, o Ministério Público do Rio de Janeiro já tinha apontado que a ação de fortes ondas em lajes sem qualquer tipo de ancoragem nos pilares foi fator determinante para o acidente. A afirmação consta na representação que instaura o inquérito civil público para apurar as responsabilidades pelo desabamento.

O documento assinado pelo promotor Vinicius Leal Cavalleiro afirma "que houve minimamente uma falha, ou na concepção do projeto, por parte do poder público contratante e/ou na execução deste mesmo projeto (eis que, além de mal projetado, este pode ter sido também mal executado)".


Responsável por obra foi trocado dois meses antes da inauguração de ciclovia

Fotógrafo registra grupo jogando bola ao lado de corpos da tragédia de São Conrado


Prefeitura suspende pagamento de R$ 4 milhões a consórcio responsável por ciclovia que desabou no Rio

Para secretário do Rio, ressaca do mar é "evento" novo

No dia 26 de abril, a Prefeitura do Rio informou que a empresa que construiu a ciclovia de São Conrado está proibida de participar de novas licitações de obras. O decreto valerá enquanto estiver sendo investigada o acidente. Segundo a prefeitura, os pagamentos que deveriam ser feitos ao consórcio Contemat/Concrejato também estão retidos.

Os responsáveis técnicos da ciclovia também deverão ser afastados de qualquer contrato já firmado com o município do Rio. Caso seja provado que a responsabilidade técnica do acidente é das empresas Contemat Engenharia e Geotecnica S/A e Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A, elas poderão ser processadas. A prefeitura do Rio pretende reconstruir a Ciclovia Tim Maia até o início das Olimpíadas, no dia 5 de agosto. 

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.