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Começa última missa do papa no Brasil com presença de Dilma e presidentes da Argentina e Bolívia 

Este é o sétimo e último dia do pontífice no País e são esperadas até três milhões de pessoas

Rio de Janeiro|Do R7, com agências internacionais

Papa Francisco é rodeado por centenas de milhares de fieis na praia de Copacabana neste domingo (28)
Papa Francisco é rodeado por centenas de milhares de fieis na praia de Copacabana neste domingo (28) Papa Francisco é rodeado por centenas de milhares de fieis na praia de Copacabana neste domingo (28)

Começou por volta das 10h a última missa do papa Francisco que é realizada nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Argentina, Cristina Kirchner, da Bolívia, Evo Morales, e do Suriname, Desi Bouterse, estão presentes na celebração. Este é o sétimo e último dia do pontífice no País e são esperadas até três milhões de pessoas na missa.

O primeiro papa latino-americano cruzou a orla marítima de 4 km de extensão e durante o trajeto foi recebido na praia por centenas de milhares de jovens peregrinos da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) que acamparam na areia durante toda a noite, em uma gigantesca vigília na qual não faltaram cânticos e orações.

Na abertura da celebração, Dom Orani Tempesti, arcebispo do Rio de Janeiro, agradeceu a presença do papa no Brasil.

— Já estamos com saudades. Na segunda-feira irá faltar alguém importante entre nós. Ele se aproximou de nós com suas palavras e gestos.

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Na missa, estão presentes 60 cardeais, 1.500 bispos e 11 mil sacerdotes. Durante o ofertório, o papa receberá uma menina que nasceu com má formação. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, informou que os pais a levaram à missa que neste sábado (27) e foi oficiada por Francisco na Catedral do Rio de Janeiro.

No fim da missa, o papa entregará a cinco casal de jovens, representantes dos cinco continentes, uma pequena reprodução do Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, e um livro de preces.

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Protagonistas da mudança

Na véspera, no início da vigília, o Papa argentino de 76 anos pediu para que os jovens vivam, de fato, a vida, e não a acompanhem de longe, sejam protagonistas da mudança, se interessem pela política e pelos problemas sociais e não se deixem vencer pela apatia.

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— Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem que outros sejam protagonistas da mudança.

Papa deve anunciar hoje sede da próxima Jornada Mundial da Juventude

O pedido foi feito diante de dois milhões de pessoas que o aclamavam, muitas delas chorando, após os recentes protestos que sacudiram as ruas do Brasil pedindo melhores serviços públicos e criticando a corrupção e os gastos excessivos do governo.

Almoço e retorno à Itália

Francisco almoçará mais tarde com o comitê de coordenação da Celam (Conferência Episcopal Latino-Americana), integrado por 45 bispos, na residência do Sumaré, em meio à exuberante floresta tropical atlântica. Ali pronunciará um discurso destinado aos bispos da região onde nasceu e viveu por quase toda a sua vida este argentino filho de italianos, de 76 anos.

No Brasil, Francisco convocou a Igreja a reconquistar os que se tornaram evangélicos ou que vivem sem Deus, buscando a simplicidade em atos e palavras e trabalhando em favelas e comunidades carentes para frear a sangria de fiéis.

Assim como no Brasil, o país com mais católicos do mundo, no resto da região a Igreja católica perde espaço diante de um crescimento das igrejas neo-pentecostais e das pessoas sem religião.

E, como fez diante dos jovens, Francisco pediu que os bispos e cardeais brasileiros não tenham medo de se envolver em assuntos relativos "à educação, à saúde, à paz social", que são "as urgências do Brasil", convocando-os a se comprometer mais politicamente.

O Papa felicitou a Igreja brasileira por ter aplicado com originalidade o Concílio Vaticano II (1962-1965), que adaptou a Igreja aos tempos modernos e mudou seu perfil fechado e doutrinário para o de uma Igreja pastoral.

Mas se referiu — sem mencionar diretamente — à Teologia da Libertação como uma das "doenças infantis" do Concílio que a Igreja brasileira conseguiu superar.

Antes de retornar ao Vaticano, às 19h, sua intensa agenda prevê uma reunião com os milhares de voluntários da JMJ no centro de conferências Riocentro, na zona oeste da cidade, e um discurso de despedida no aeroporto internacional, o 15º e último de sua visita.

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