Torcedores corintianos enfrentam a PM na reabertura do Maracanã
Wilton Junior/Estadão ConteúdoA Polícia Militar rebateu nesta segunda-feira (24) a nota emitida pelo Corinthians na noite de domingo (23), quando o clube paulista classificou como "ação covarde e despreparada" a atuação da PM na partida diante do Flamengo, no Maracanã, zona norte do Rio. Na ocasião, quase 3.000 corintianos foram obrigados a esperar quase três horas dentro do estádio até serem liberados. De acordo com a PM, o procedimento adotado foi correto.
O major Sílvio Luiz, comandante do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), defendeu que a PM atuou de forma técnica.
— Já é praxe mantermos a torcida do time visitante dentro do estádio enquanto ocorre o escoamento dos torcedores do clube local. É lógico que num jogo com mais de 60 mil pessoas, esse tempo de espera vai ser maior.
O comandante do Gepe destacou que mulheres e crianças foram logo liberadas e considerou que o esquema de segurança para o jogo foi feito corretamente. Segundo ele, um grupo de policiais que estava dentro do Maracanã acabou sendo deslocado antes do jogo para auxiliar uma confusão do lado de fora, o que acabou contribuindo para que alguns corintianos tentassem invadir a área dedicada aos flamenguistas.
— Acredito que houve excesso por parte dos torcedores. Nem chamo de torcida, na verdade, é uma verdadeira gangue. Por isso, na hora que a confusão começou, havia uma quantidade menor de policiais dentro do Maracanã.
Segundo a PM, 386 policiais militares atuaram na partida. Desses, 210 eram do Gepe e trabalharam na parte interna do Maracanã e nas revistas realizadas nas entradas. O batalhão de São Cristóvão (4º BPM) fez o reforço do entrono com 176 agentes.
A corporação autuou 42 torcedores do Corinthians neste domingo depois do jogo de reabertura do estádio. A partida, válida pela 32ª rodada do Campeonat Brasileiro, terminou empatada em Flamengo 2x2 Corinthians.
De acordo com a Polícia Civil, 31 são suspeitos de tentar invadir o espaço reservado para a torcida do Flamengo, depredar o estádio e agredir policiais militares antes do início do jogo. Outros 11 foram autuados por promover tumulto.
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