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Crise no RJ: Pezão demorou para agir, diz líder do PMDB na Alerj

André Lazaroni criticou a forma de governar de Pezão, mas apoia pacote do Executivo

Rio de Janeiro|Do R7

Após medidas do pacote de austeridade do governo fluminense terem sido alvo de críticas de diversos setores e até classificadas como "agressão" à Constituição" pelo desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o líder do PMDB na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Lazaroni, avaliou que o governador Luiz Fernando Pezão demorou para agir. O parlamentar, que comanda a bancada do partido do governador na Casa, também fez críticas à sua forma de governar.

— O governo tinha de 'desinchar' a máquina pública. Eu já defendi a exoneração de cargos comissionados. O Executivo demorou. A redução das secretarias já tinha de ter acontecido há mais tempo, empresas públicas já deveriam ter acabado há mais tempo. Foi tudo muito lento, um atraso enorme. Espero que o Pezão mude o jeito de governar, ele não ouve ninguém, não tem como governar o Rio sem ouvir as pessoas.

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Apesar das críticas, Lazaroni diz acreditar que a bancada peemedebista apoiará o pacote sem emendas. A reunião da bancada está prevista para acontecer nesta quarta-feira (9). Os 22 projetos de lei propostos pelo governo começam a ser discutidos na Alerj, mas só devem ser votados a partida próxima semana.

— O governo deixou margem para negociação. Vamos para negociação, não será provavelmente do jeito que o governo quer, mas medidas terão de ser tomadas.


O parlamentar defende que dois secretários peemedebistas retornem à Alerj para engrossar os votos do PMDB (Gustavo Tutuca, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, e Rafael Picciani, secretário executivo de Coordenação de Governo da cidade do Rio de Janeiro). Com isso, contabiliza Lazaroni, a bancada somaria 16 deputados.

Para ele, o ponto mais sensível do pacote é o aumento das contribuições previdenciárias. Projetos de lei propõem aumento da contribuição previdenciária dos servidores e a criação de alíquota previdenciária temporária para que ativos, inativos e pensionistas de todas as faixas salarias contribuam com 30% de seus salários por 16 meses. Se aprovadas, as medidas atingirão servidores, inativos e pensionistas dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).


Lazaroni ainda defendeu a criação de uma comissão na Alerj para avaliar todas as isenções fiscais concedidas pelo governo fluminense e, se excessos forem verificados, cortá-las.

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