Ônibus foram incendiados em confronto após reintegração de posse de prédio da Oi
Ag. O DiaA empresa de telefonia Oi divulgou uma nota nesta sexta-feira (11) pedindo proteção policial no prédio que foi ocupado por cerca de 5 mil pessoas no último dia 31. Por volta das 5h, a Polícia Militar iniciou operação de reintegração de posse do terreno no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro. Por volta das 10h30, segundo a PM, a reintegração já havia sido concluída e era feito apenas o trabalho de rescaldo e vistoria no local. Manifestantes se dividiram em grupos e organizaram atos em algumas regiões. Houve confrontos e quatro ônibus, dois caminhões e uma viatura da PM foram incendiados.
No início da tarde, moradores que foram expulsos da chamada Favela da Telerj fizeram protesto em frente ao prédio da Prefeitura do Rio, no centro. A polícia reforçou a segurança na favela do Rato Molhado, vizinha ao prédio que foi desocupado.
Segundo a operadora, a segurança no local foi reforçada até que as negociações sobre a venda do imóvel sejam concluídas. A Oi informou ainda que já está limpando o imóvel e que a reconstrução dos muros e portões já foram iniciadas.
Leia a nota na íntegra:
A Oi esclarece que já assinou em juízo o documento que lhe assegura a reintegração de posse do imóvel do Engenho Novo, conforme prevê o rito processual. A companhia acrescenta que, reassumindo o controle de sua propriedade, esta permanecerá devidamente fechada com grades e manutenção de segurança patrimonial permanente, até a conclusão das negociações para a venda do imóvel. A empresa já iniciou a limpeza do imóvel, a reconstrução da proteção de muros e portão e reforçou a segurança patrimonial, esclarecendo que sua segurança é exclusivamente para controle não tendo qualquer função de atuação no âmbito da segurança pública. A companhia solicitou às autoridades de segurança pública apoio para evitar nova invasão.
Histórico
O imóvel, onde funcionou um almoxarifado que foi desativado, é uma propriedade privada, que encontrava-se fechado com grades e segurança patrimonial permanente. No momento da invasão, a segurança patrimonial com foco exclusivo de controle, diante da chegada de centenas de pessoas, seguiu o procedimento de avisar as autoridades policiais, que respondem pela segurança pública.
A Oi tomou as providências cabíveis e ajuizou ação na Justiça, obtendo a liminar que determinou a reintegração de posse, bem como determinou a expedição de ofícios para diversos órgãos públicos a fim de acompanharem as diligências para a desocupação.
A companhia prestou todas as informações ao poder público e se colocou permanentemente à disposição do Judiciário, das autoridades policiais e dos órgãos que atuam na promoção do bem-estar social e demais órgãos envolvidos, no sentido de assegurar o melhor encaminhamento para a solução do caso e para o cumprimento da liminar.