A partir deste domingo (30), a estação Carioca, dos bondes de Santa Teresa, passará a se chamar estação Motorneiro Nelson. A mudança de nome é uma homenagem ao condutor do bondinho que tombou em agosto de 2011, deixando seis mortos, entre eles, o motorneiro Nelson Corrêa da Silva. A Amast (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa), com consentimento do poder público, vai rebatizar oficialmente a estação em um ato público, às 10h, próximo à sede da Petrobras, no Centro do Rio.
A modificação do nome da estação Carioca é um desejo antigo dos moradores de Santa Teresa. Segundo a Amast, a homenagem é uma forma de mostrar que o motorneiro não teve responsabilidade pelo acidente e de ressaltar que Nelson era um “trabalhador, que como seus colegas e moradores, lutava para manter o serviço funcionando, apesar da falta de verba e manutenção que enfrentavam por responsabilidade única e exclusiva do governo estadual”.
O ato, que relembrará as vítimas do acidente, pretende chamar a atenção das autoridades para a necessidade de restauração e retomada do sistema de bondes de Santa Teresa.
Moradores do bairro seguem exigindo que as obras do bondinho sejam concluídas entre o Silvestre e o Largo das Neves, em um percurso de 10 km de extensão. Até o momento, o sistema voltou a funcionar em um trecho de apenas 900 m.
Confira a programação do ato público:
10h - Renomeação da estação Carioca, no centro do Rio, para estação Motorneiro Nelson.
11h30 - Caminhada pelos Arcos da Lapa até o local do acidente, na rua Joaquim Murtinho, transformada em memorial pelos moradores. No local, serão plantadas flores no canteiro onde há um pé de Pau-Brasil plantado pela viúva do motorneiro.
12h30 - Culto ecumênico na estação Curvelo com a presença de integrantes da CCIR (Comissão Contra a Intolerância Religiosa), além da apresentação do coral Encanta Santa e de músicos como Ivone Torres e Paulo Raymundo.