Estudantes e médicos da Uerj fazem protesto contra atrasos nos pagamentos
Após suspensão das aulas, previsão era de que atividades voltassem nesta terça
Rio de Janeiro|Do R7
Estudantes e médicos residentes da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) fizeram um protesto no começo da tarde desta terça-feira (1) em frente à universidade na rua São Francisco Xavier. Com cartazes, “Não é culpa da crise” e “Luiz Fernando, não PISA na nossa educação”, em referência ao nome do governador Pezão, os estudantes cobravam do governo o pagamento dos funcionários terceirizados de limpeza, das bolsas de residência dos médicos e das bolsas de assistência dos estudantes. Os atrasos fizeram a Uerj suspender as aulas por uma semana e apenas 30% dos residentes atendem nos hospitais Pedro Hernesto.
A manifestação de hoje aconteceu depois de os estudantes terem ocupado a universidade na noite desta segunda-feira (30). As aulas estavam previstas para voltar nesta terça (1º). Com barracas e cartazes, os estudantes ocuparam os campus do Maracanã, zona norte, e de São Gonçalo, região metropolitana, onde funciona a FFP (Faculdade de Formação de Professores).
Durante a manifestação, os estudantes cantavam: "Olê, olê, olê, olá. Se o Pezão não nos pagar, a Uerj vai parar". Segundo a Secretaria de Fazenda do Estado, as empresas terceirizadas — responsáveis por serviços como os de limpeza — foram pagas nesta segunda (30). O valor é de R$ 166 milhões. Desse total, R$ 87 milhões se referem aos pagamentos que seriam efetuados no dia 17 de novembro e estavam atrasados. Outros R$ 79 milhões referem-se a pagamentos do próprio dia 30. Entre os fornecedores que receberam pagamentos, estão os da Uerj, para os quais foram destinados R$ 8 milhões.
Suspensão de aulas
Entre os motivos para a paralisação, está a insalubridade do local, já que os terceirizados não estão trabalhando. A situação, segundo nota da reitoria, afeta a segurança das pessoas e do patrimônio..
Há duas semanas, o pagamento de bolsistas, residentes e de terceirizados da universidade foi suspensopela Secretaria de Estado de Fazenda por falta de caixa. A suspensão, segundo o governo do Estado, é para que o pagamento de servidores ativos e inativos não seja afetado.
Na semana passada, uma equipe da Record Rio conseguiu entrar na unidade do Maracanã e viu um cenário caótico. No local, eles flagraram banheiros depredados e lixo acumulado. Veja a galeria de fotos.