13 pessoas foram mortas durante a operação
Divulgação/PMRJA Defensoria Pública do Rio de Janeiro afirmou nesta terça-feira (28) em nota divulgada à imprensa que irá propor ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) novas investigações sobre a morte de nove pessoas em uma casa, no Fallet-Fogueteiro, região central do Rio, durante uma ação policial. O órgão entende que ainda existem fatos omissos na apuração.
O caso, que completa um ano no próximo dia 8 de fevereiro, é acompanhado de perto pela Defensoria, segundo o órgão. A instituição reforçou que aponta “irregularidades nas investigações e a ausência de informações nos laudos periciais” desde o início.
Integrantes da Comissão Arns de Direitos Humanos, em reunião na Defensoria Pública, reforçaram o pedido de uma “investigação técnica e isenta que permita a elucidação da morte”.
Presidente da Comissão Arns, José Carlos Dias encara como “barbaridade” um possível arquivamento do caso e diz que é preciso agir com “muita veemência” em respeito à memória dos nove jovens mortos.
“Estamos acompanhando e cobrando a atuação para que esse caso não seja arquivado pelo juiz no momento em que os autos forem encaminhados. Pois isso pode simbolizar a impunidade, que os direitos humanos não são respeitados, o que seria uma barbaridade.”
“Confiamos que, em nome das famílias, poderemos pedir ao MP-RJ a complementação de partes da investigação para chegarmos a um resultado mais imparcial e diligente possível para a Justiça”, declarou um integrante da Defensoria Pública presente na reunião.
Caso
Segundo familiares das vítimas, os nove mortos na casa foram executados. A ação gerou repúdio de órgãos de direitos humanos e de moradores da região. Alguns parentes formalizaram denúncia no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e também receberam orientação da Defensoria Pública.
Em novembro, a Polícia Civil pediu à Justiça do Rio o arquivamento da investigação. O documento elaborado pela DH (Delegacia de Homicídios da Capital) concluiu que não houve indício de crime e que os policiais militares que participavam da ação naquela comunidade “agiram em legítima defesa".
De acordo com a Polícia Militar, as 13 pessoas mortas durante a ação no Fallet-Fogueteiro tinham envolvimento com o tráfico de drogas na região.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa