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Do céu ao inferno: as 24 horas de tormentas de Cabral na Calicute brasileira

Ex-governador está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, desde quinta-feira

Rio de Janeiro|Do R7

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Morador de um dos bairros mais caros da cidade do Rio de Janeiro e com uma luxuosa mansão na região de Mangaratiba, zona oeste, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) viu sua vida dar uma reviravolta em apenas 24 horas. O político substituiu as roupas caras, os relógios de marca e as joias pelo uniforme padrão do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, também na zona oeste. Uma foto tirada do sistema da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) mostra o peemedebista com o cabelo raspado, vestindo uma camisa verde e uma calça preta Leia também: Crise no RJ: prisão de Cabral deve dificultar ainda mais aprovação de pacote de Pezão
A tormenta de Cabral começou por volta das 6h desta quinta-feira (17) quando a polícia chegou à sua residência no Leblon, zona sul do Rio. O ex-governador foi preso preventivamente pela PF (Polícia Federal) na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado. A operação recebeu o nome de Calicute em referência à região da Índia onde Pedro Álvares Cabral teve uma de suas maiores tormentas. Na imagem, pedestres se reúnem em frente à casa de Cabral para acompanhar a ação da polícia. Durante a saída do ex-governador do prédio onde mora teve empurra-empurra e a população tentou chegar até o carro onde ele estava sendo transportado Leia também: Juiz do Rio usa Convenção da ONU Contra Corrupção para prender Cabral
O peemedebista é suspeito de receber propina em troca da concessão de obras públicas, como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano por exemplo. A apuração inicial estima um prejuízo de mais de R$ 220 milhões. Na foto, um homem dá tapas em carro da PF que saiu do prédio do ex-governador com ele preso
A polícia também cumpriu mandados de prisão preventiva contra o ex-secretário de governo de Cabral, Wilson Carlos (à esq.), e contra o ex-secretário de obras, Hudson Braga (à dir.). A ex-primeia-dama do Estado Adriana Anselmo também deve ser conduzida coercitivamente até a sede da PF. A corporação informou que são investigados os crimes de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. Também participam das diligências dezenove procuradores do MPF (Ministério Público Federal) e cinco auditores fiscais da Receita Federal Leia também: Em Brasília, deputados dizem que Cabral é responsável por crise no Rio É um momento triste para o Rio, diz Maia sobre prisões de Cabral e Garotinho
Cabral foi levado para a sede da PF, no centro do Rio. Manifestantes protestaram contra o ex-governador no local. Um grupo de pessoas aplaudia os agentes toda vez que uma viatura saia do local. A população do Rio de Janeiro se revoltou com a notícia de que o político estava sendo preso e tentou agredir o peemedebista. Cabral já estava a seis horas na sede da corporação, quando um grupo de bombeiros apareceu com panos na cabeça em referência ao encontro do ex-governador com outros políticos e o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, em 2009. Na época, eles usaram guardanapos para comemorar um jantar em um hotal de Paris, na França Leia também: Alerj: em 2º dia de discussões, deputados criticam Cabral e rechaçam aumento de contribuição previdenciária Deputados articulam abertura de CPI para investigar incentivos fiscais concedidos pelo PMDB em 10 anos no RJ
Após deixar a sede da PF, o ex-governador passou pelo IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo delito e seguiu para o complexo de Bangu. Na saída, a viatura que levava o político foi cercada por aproximadamente 20 pessoas, que gritavam palavras de ordem contra o ex-governador — o mais comum foi um coro de "ladrão", mas o grupo gritou até "cadê o Amarildo?", numa referência ao ajudante de pedreiro torturado e morto por policiais em julho de 2013
O comboio seguiu lentamente pela avenida Brasil devido ao congestionamento. Por todo o caminho, os cariocas comemoraram a prisão do ex-governador. O tráfego fez com que um grupo de manifestantes se reunisse para hostilizar o peemedebista e aplaudir a ação da PF. Imagens do helicóptero da TV Record também registraram um grande número de pessoas nos viadutos da avenida Brasil acompanhando trajeto do político até o complexo penitenciário
O ex-governador chegou no início da noite ao Complexo Penitenciário de Gericinó, antigo complexo de Bangu, na zona oeste. Após dar entrada no complexo prisional, o político foi levado à unidade de Bangu 8 Leia também: 'Cabral jamais foi meu aliado', afirma Dilma
Iate, joias e relógios de marca foram apreendidos pelas Polícia Federal nas casas do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), preso nesta quinta-feira (17) em seu apartamento no Leblon, zona sul da capital fluminense. As joias pertenceria à mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, que foi conduzida coercitivamente para prestar depoimento na sede da Polícia Federal no Rio. Cabral cobrava uma mesada mensal de até R$ 500 mil das empreiteiras beneficiadas no esquema de acerto de licitações e de desvio de verbas de obras de infraestrutura do Estado durante seus dois mandatos, de 2007 a 2014. A informação foi dada pelo MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro, integrante da força-tarefa da Lava Jato Leia também: Propina de Cabral bancou blindagem de veículos e até vestidos de festa para primeira-dama
Algumas horas após a prisão de Cabral, um post publicado no blog de Garotinho comemorou a ação da PF. O texto começa dizendo que "a hora de Sérgio Cabral chegou" e explica que Garotinho denuncia o ex-governador há anos e que havia protocolado uma "queixa-crime na Procuradoria Geral da República em Brasília denunciando com provas contundentes a roubalheira de Cabral, Pezão, Eduardo Paes, a Gangue dos Guardanapos, empresários e autoridades do Rio de Janeiro"

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Morador de um dos bairros mais caros da cidade do Rio de Janeiro e com uma luxuosa mansão na região de Mangaratiba, zona oeste, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) viu sua vida dar uma reviravolta em apenas 24 horas. O político substituiu as roupas caras, os relógios de marca e as joias pelo uniforme padrão do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, também na zona oeste. Uma foto tirada do sistema da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) mostra o peemedebista com o cabelo raspado, vestindo uma camisa verde e uma calça preta Leia também: Crise no RJ: prisão de Cabral deve dificultar ainda mais aprovação de pacote de Pezão
A tormenta de Cabral começou por volta das 6h desta quinta-feira (17) quando a polícia chegou à sua residência no Leblon, zona sul do Rio. O ex-governador foi preso preventivamente pela PF (Polícia Federal) na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado. A operação recebeu o nome de Calicute em referência à região da Índia onde Pedro Álvares Cabral teve uma de suas maiores tormentas. Na imagem, pedestres se reúnem em frente à casa de Cabral para acompanhar a ação da polícia. Durante a saída do ex-governador do prédio onde mora teve empurra-empurra e a população tentou chegar até o carro onde ele estava sendo transportado Leia também: Juiz do Rio usa Convenção da ONU Contra Corrupção para prender Cabral
O peemedebista é suspeito de receber propina em troca da concessão de obras públicas, como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano por exemplo. A apuração inicial estima um prejuízo de mais de R$ 220 milhões. Na foto, um homem dá tapas em carro da PF que saiu do prédio do ex-governador com ele preso
A polícia também cumpriu mandados de prisão preventiva contra o ex-secretário de governo de Cabral, Wilson Carlos (à esq.), e contra o ex-secretário de obras, Hudson Braga (à dir.). A ex-primeia-dama do Estado Adriana Anselmo também deve ser conduzida coercitivamente até a sede da PF. A corporação informou que são investigados os crimes de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. Também participam das diligências dezenove procuradores do MPF (Ministério Público Federal) e cinco auditores fiscais da Receita Federal Leia também: Em Brasília, deputados dizem que Cabral é responsável por crise no Rio É um momento triste para o Rio, diz Maia sobre prisões de Cabral e Garotinho
Cabral foi levado para a sede da PF, no centro do Rio. Manifestantes protestaram contra o ex-governador no local. Um grupo de pessoas aplaudia os agentes toda vez que uma viatura saia do local. A população do Rio de Janeiro se revoltou com a notícia de que o político estava sendo preso e tentou agredir o peemedebista. Cabral já estava a seis horas na sede da corporação, quando um grupo de bombeiros apareceu com panos na cabeça em referência ao encontro do ex-governador com outros políticos e o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, em 2009. Na época, eles usaram guardanapos para comemorar um jantar em um hotal de Paris, na França Leia também: Alerj: em 2º dia de discussões, deputados criticam Cabral e rechaçam aumento de contribuição previdenciária Deputados articulam abertura de CPI para investigar incentivos fiscais concedidos pelo PMDB em 10 anos no RJ
Após deixar a sede da PF, o ex-governador passou pelo IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo delito e seguiu para o complexo de Bangu. Na saída, a viatura que levava o político foi cercada por aproximadamente 20 pessoas, que gritavam palavras de ordem contra o ex-governador — o mais comum foi um coro de "ladrão", mas o grupo gritou até "cadê o Amarildo?", numa referência ao ajudante de pedreiro torturado e morto por policiais em julho de 2013
O comboio seguiu lentamente pela avenida Brasil devido ao congestionamento. Por todo o caminho, os cariocas comemoraram a prisão do ex-governador. O tráfego fez com que um grupo de manifestantes se reunisse para hostilizar o peemedebista e aplaudir a ação da PF. Imagens do helicóptero da TV Record também registraram um grande número de pessoas nos viadutos da avenida Brasil acompanhando trajeto do político até o complexo penitenciário
O ex-governador chegou no início da noite ao Complexo Penitenciário de Gericinó, antigo complexo de Bangu, na zona oeste. Após dar entrada no complexo prisional, o político foi levado à unidade de Bangu 8 Leia também: 'Cabral jamais foi meu aliado', afirma Dilma
Iate, joias e relógios de marca foram apreendidos pelas Polícia Federal nas casas do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), preso nesta quinta-feira (17) em seu apartamento no Leblon, zona sul da capital fluminense. As joias pertenceria à mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, que foi conduzida coercitivamente para prestar depoimento na sede da Polícia Federal no Rio. Cabral cobrava uma mesada mensal de até R$ 500 mil das empreiteiras beneficiadas no esquema de acerto de licitações e de desvio de verbas de obras de infraestrutura do Estado durante seus dois mandatos, de 2007 a 2014. A informação foi dada pelo MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro, integrante da força-tarefa da Lava Jato Leia também: Propina de Cabral bancou blindagem de veículos e até vestidos de festa para primeira-dama
Algumas horas após a prisão de Cabral, um post publicado no blog de Garotinho comemorou a ação da PF. O texto começa dizendo que "a hora de Sérgio Cabral chegou" e explica que Garotinho denuncia o ex-governador há anos e que havia protocolado uma "queixa-crime na Procuradoria Geral da República em Brasília denunciando com provas contundentes a roubalheira de Cabral, Pezão, Eduardo Paes, a Gangue dos Guardanapos, empresários e autoridades do Rio de Janeiro"

Morador de um dos bairros mais caros da cidade do Rio de Janeiro e com uma luxuosa mansão na região de Mangaratiba, zona oeste, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) viu sua vida dar uma reviravolta em apenas 24 horas. O político substituiu as roupas caras, os relógios de marca e as joias pelo uniforme padrão do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, também na zona oeste. Uma foto tirada do sistema da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) mostra o peemedebista com o cabelo raspado, vestindo uma camisa verde e uma calça preta Leia também: Crise no RJ: prisão de Cabral deve dificultar ainda mais aprovação de pacote de Pezão

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