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No ano, ao menos 4 crianças morreram em favelas em ocorrências envolvendo a polícia; relembre

Patrick, Eduardo, Christian e Winícios tinham entre 10 e 13 anos de idade

Rio de Janeiro|Do R7

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Ao menos quatro casos de mortes de crianças em comunidades pobres da cidade do Rio chamaram a atenção. Herinaldo Winícios, de 11 anos, Christian Soares, de 13 anos, Eduardo de Jesus, de 10 anos e Patrick Ferreira, de 11 anos, morreram durante incursões policiais neste ano. Segundo relatório da Anistia Internacional, dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) apontam que, entre 2010 e 2013, cinco pessoas entre zero e 14 anos foram mortas em supostos confrontos com a Polícia Militar
Patrick Ferreira foi baleado e morto no dia 15 de janeiro após confronto entre policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Camarista Méier e bandidos. Segundo a assessoria das UPPs, com ele foram encontrados uma pistola, uma mochila com drogas e um radiotransmissor. A irmã da vítima, Scarlet Ferreira, contestou a versão. — A mochila tinha muita droga, muito dinheiro, radinho e pistola mesmo. Como um garoto teria tudo isso? Ele é dono do morro? É um garoto de 11 anos.  O menino foi atingido por três tiros nas costas. O pai Daniel Serqueira conta que não conseguiu socorrer o filho. — Ouvi os tiros de fuzil. Logo depois me avisaram que o Patrick estava baleado. Peguei meus documentos e, quando cheguei lá, já tinha vários policiais. Só vi um policial dizer que era dele uma pistola. Depois a pistola sumiu e apareceu uma outra. A CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora) determinou a abertura de Inquérito Policial Militar para apurar a ocorrência
No dia 2 de abril, Eduardo de Jesus Ferreira morreu com um tiro na cabeça, no Alemão. De acordo com a família, ele estava sentado na porta de casa brincando com um celular quando foi atingido pelas costas. A mãe do garoto ainda acusou os policiais de a ameaçarem de morte. A mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, Terezinha de Jesus, afirmou que foi ameaçada por um PM logo após a morte da criança. Em desespero, ela disse ao policial: "Vocês mataram meu filho". E em seguida, ouviu do mesmo agente:  — 'Já que eu matei o filho, a gente também pode matar a mãe.' E apontou a arma para mim. O inquérito sobre a morte de Eduardo ainda não foi concluído 
A troca de tiros que resultou na morte de Cristian Soares ocorreu durante operação de policiais da Core (Coordenadoria de Operações Especiais) da Polícia Civil e da Divisão de Homicídios, com apoio de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos no dia 8 de setembro. Eles buscavam quatro suspeitos de assassinar o policial militar Clayton Dias, de 26 anos, que trabalhava na UPP, em abril, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. Policiais disseram que foram atacados por criminosos ao chegar à comunidade. A organização Fórum Social de Manguinhos divulgou uma nota de repúdio à morte do adolescente e creditou o assassinato aos policiais que participaram da ação. "Ele jogava bola, atividade cotidiana para qualquer criança, preta ou branca, na favela ou na zona sul. A diferença é que as crianças brancas da zona sul não precisam correr de policiais, tão pouco das balas que vêm de seus fuzis".  O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios da Capital, negou que uma pistola, munição e radiotransmissor apreendidos pertenciam à vítima.  Apesar de, segundo a polícia, Cristian ter quatro anotações criminais — duas por furto e duas por roubo — ele não estava envolvido no confronto e está sendo tradado como vítima. O caso ainda não foi concluído
Herinaldo Winícios da Santana, de 11 anos, foi baleado com um tiro no tórax na tarde desta quarta-feira (23) no Parque Alegria, comunidade do bairro do Caju. De acordo com moradores, um PM da UPP teria se assustado ao ver a criança que brincava em um beco da favela. A CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora) determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias da morte. A Polícia Civil investiga o caso e policiais da UPP Caju que patrulhavam o local onde o menino foi baleado serão afastados do serviço nas ruas. O delegado da DH (Divisão de Homicídios) Daniel Rosa relatou, segundo os PMs, que eles desconfiaram de suspeitos e, no momento da abordagem, um deles disparou contra os policiais
Segundo o delegado, os agentes revidaram e, depois, ficaram sabendo que uma criança havia sido baleada por um tiro de fuzil no peito próximo ao local do suposto confronto. A dona de casa Mônica dos Santos, vizinha da família, relatou ter ouvido somente um tiro. — Só houve um único tiro. Uma bala só. Todos os moradores ouviram. Uma vizinha da família afirma que "a favela estava calma" e que, após a criança ser baleada, o policial responsável pelo disparo fugiu. — Ele correu porque as pessoas viram que foi ele. Ele saiu correndo, nem olhou pra criança. Não chegou nem perto

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Ao menos quatro casos de mortes de crianças em comunidades pobres da cidade do Rio chamaram a atenção. Herinaldo Winícios, de 11 anos, Christian Soares, de 13 anos, Eduardo de Jesus, de 10 anos e Patrick Ferreira, de 11 anos, morreram durante incursões policiais neste ano. Segundo relatório da Anistia Internacional, dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) apontam que, entre 2010 e 2013, cinco pessoas entre zero e 14 anos foram mortas em supostos confrontos com a Polícia Militar
Patrick Ferreira foi baleado e morto no dia 15 de janeiro após confronto entre policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Camarista Méier e bandidos. Segundo a assessoria das UPPs, com ele foram encontrados uma pistola, uma mochila com drogas e um radiotransmissor. A irmã da vítima, Scarlet Ferreira, contestou a versão. — A mochila tinha muita droga, muito dinheiro, radinho e pistola mesmo. Como um garoto teria tudo isso? Ele é dono do morro? É um garoto de 11 anos.  O menino foi atingido por três tiros nas costas. O pai Daniel Serqueira conta que não conseguiu socorrer o filho. — Ouvi os tiros de fuzil. Logo depois me avisaram que o Patrick estava baleado. Peguei meus documentos e, quando cheguei lá, já tinha vários policiais. Só vi um policial dizer que era dele uma pistola. Depois a pistola sumiu e apareceu uma outra. A CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora) determinou a abertura de Inquérito Policial Militar para apurar a ocorrência
No dia 2 de abril, Eduardo de Jesus Ferreira morreu com um tiro na cabeça, no Alemão. De acordo com a família, ele estava sentado na porta de casa brincando com um celular quando foi atingido pelas costas. A mãe do garoto ainda acusou os policiais de a ameaçarem de morte. A mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, Terezinha de Jesus, afirmou que foi ameaçada por um PM logo após a morte da criança. Em desespero, ela disse ao policial: "Vocês mataram meu filho". E em seguida, ouviu do mesmo agente:  — 'Já que eu matei o filho, a gente também pode matar a mãe.' E apontou a arma para mim. O inquérito sobre a morte de Eduardo ainda não foi concluído 
A troca de tiros que resultou na morte de Cristian Soares ocorreu durante operação de policiais da Core (Coordenadoria de Operações Especiais) da Polícia Civil e da Divisão de Homicídios, com apoio de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos no dia 8 de setembro. Eles buscavam quatro suspeitos de assassinar o policial militar Clayton Dias, de 26 anos, que trabalhava na UPP, em abril, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. Policiais disseram que foram atacados por criminosos ao chegar à comunidade. A organização Fórum Social de Manguinhos divulgou uma nota de repúdio à morte do adolescente e creditou o assassinato aos policiais que participaram da ação. "Ele jogava bola, atividade cotidiana para qualquer criança, preta ou branca, na favela ou na zona sul. A diferença é que as crianças brancas da zona sul não precisam correr de policiais, tão pouco das balas que vêm de seus fuzis".  O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios da Capital, negou que uma pistola, munição e radiotransmissor apreendidos pertenciam à vítima.  Apesar de, segundo a polícia, Cristian ter quatro anotações criminais — duas por furto e duas por roubo — ele não estava envolvido no confronto e está sendo tradado como vítima. O caso ainda não foi concluído
Herinaldo Winícios da Santana, de 11 anos, foi baleado com um tiro no tórax na tarde desta quarta-feira (23) no Parque Alegria, comunidade do bairro do Caju. De acordo com moradores, um PM da UPP teria se assustado ao ver a criança que brincava em um beco da favela. A CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora) determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias da morte. A Polícia Civil investiga o caso e policiais da UPP Caju que patrulhavam o local onde o menino foi baleado serão afastados do serviço nas ruas. O delegado da DH (Divisão de Homicídios) Daniel Rosa relatou, segundo os PMs, que eles desconfiaram de suspeitos e, no momento da abordagem, um deles disparou contra os policiais
Segundo o delegado, os agentes revidaram e, depois, ficaram sabendo que uma criança havia sido baleada por um tiro de fuzil no peito próximo ao local do suposto confronto. A dona de casa Mônica dos Santos, vizinha da família, relatou ter ouvido somente um tiro. — Só houve um único tiro. Uma bala só. Todos os moradores ouviram. Uma vizinha da família afirma que "a favela estava calma" e que, após a criança ser baleada, o policial responsável pelo disparo fugiu. — Ele correu porque as pessoas viram que foi ele. Ele saiu correndo, nem olhou pra criança. Não chegou nem perto

Ao menos quatro casos de mortes de crianças em comunidades pobres da cidade do Rio chamaram a atenção. Herinaldo Winícios, de 11 anos, Christian Soares, de 13 anos, Eduardo de Jesus, de 10 anos e Patrick Ferreira, de 11 anos, morreram durante incursões policiais neste ano. Segundo relatório da Anistia Internacional, dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) apontam que, entre 2010 e 2013, cinco pessoas entre zero e 14 anos foram mortas em supostos confrontos com a Polícia Militar

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