Greve dos rodoviários fecha BRT e reduz frota de ônibus no Rio
Paralisação foi decidida após assembleia na segunda (28); Justiça considerou movimento ilegal e estipulou multa a sindicato
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
A cidade do Rio amanheceu com transtornos em diversos pontos devido a greve dos rodoviários. A paralisação anunciada na segunda-feira (28) começou à meia-noite, e nesta terça-feira (29), diversas linhas estavam fora de circulação e estações de BRT estavam todas fechadas. De acordo com a prefeitura, apenas 50% da frota circula em toda a cidade.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 450 funcionários aderiram à paralisação. O grupo alega que as empresas responsáveis pelo transporte não ofereceram nenhuma proposta para reajustar os salários e demais benefícios. "Ficaremos em estado de greve caso alguma proposta seja apresentada; para isso convocamos nova assembleia para amanhã às 14h, aqui em Rocha Miranda caso isso ocorra", afirmou a presidente da convenção, Sebastião José.
Entretanto, o Tribunal Regional do Trabalho concedeu ao Rio Ônibus liminar declarando a paralisação dos rodoviários como ilegal. Uma audiência de conciliação foi marcada para 04 de abril.
De acordo com a Rio Ônibus, a liminar estipula multa de R$ 200 mil por dia ao sindicato dos trabalhadores caso a paralisação continue.
Plano de contingência
Por conta da greve, a prefeitura anunciou um plano para tentar reduzir os impactos para os passageiros dos ônibus. No VLT, vai haver extensão do horário de pico de acordo com a demanda, com 7 minutos de intervalo nas 3 linhas.
Já o metrô vai oferecer trens extra nos horários de pico conforme necessidade, podendo também estender os horários nos trens e Metrô na Superfície.
A Supervia pode oferecer trens reserva nos ramais Gramacho e Santa Cruz caso a demanda de passageiros tenha acréscimo.
Nas barcas, será feito o uso de embarcações maiores na ligação Cocotá - Praça XV. Os horários das linhas, exceto Cocotá e Paquetá, foram retomados de acordo com os intervalos pré-pandemia.