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Hospital da Uerj interrompe internações não emergenciais por falta de repasses do governo

Governo do Estado atrasou pagamento de fornecedores para conseguir pagar aposentados

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

Residentes do curso de Medicina têm recebido bolsas com atraso
Residentes do curso de Medicina têm recebido bolsas com atraso Residentes do curso de Medicina têm recebido bolsas com atraso

A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) vem sofrendo com o falta de repasses do governo do Estado, o que tem atrapalhado o funcionamento de setores como o Hospital Universitário. Nele, as internações que não são de emergência foram interrompidas por falta de funcionários de limpeza e os residentes do curso de Medicina têm recebido as bolsas com atraso. A suspensão do pagamento de fornecedeores, anunciada na quarta-feira (18) pela Secretaria Estadual da Fazenda, é para que o pagamento de servidores da ativa e inativos não seja afetado, segundo a pasta.

De acordo com Kátia Cristina, encarregada de limpeza no hospital, o serviço não tem sido feito de forma adequada. 

— A limpeza está muito precária porque o governo não está repassando para a empresa de limpeza. 

Gabriel Menezes, servidor na área administrativa do hospital, conta que, apesar de haver uma placa na frente da unidade de saúde dizendo que não tem emergência, há um plantão que faz atendimentos. 

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— A emergência é uma confusão. Tem uma placa dizendo que não tem, mas tem um plantão ali dentro que atende as pessoas. Na prática, tem uma emergência.

Segundo o estudante de Engenharia Química Davidson de Oliveira, o atraso nas bolsas impacta no seu dia-a-dia.

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— Embora esse dinheiro seja pouco, é um importante subsídio para a gente, para tirar Xerox, fazer lanches. Acaba impactando porque é um dinheiro que a gente necessita.

Para Emanuel Carvalho, estudante de Ciências Sociais, muitos estudantes precisam do dinheiro até chegar às aulas.

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— As pessoas precisam de passagem, precisam desse dinheiro para estudar. E esse atraso é complicado tanto para os estudantes, quanto para os terceirizados.

Segundo a estudante Sabrina Macedo, os alunos já organizaram ações para recolher comida para terceirizados que ficaram sem receber.

— Os terceirizados, o pessoal que fica nos elevadores, ficam sem receber. A gente já fez campanha para arrecadar alimentos porque eles não têm com o que se alimentar. Dinheiro, a gente sabe que tem. Mas a questão é: para onde está indo esse dinheiro? Vai para as Olimpíadas.

Além dos problemas com a limpeza nos setores da universidade, os funcionários terceirizados que trabalham nos elevadores dos prédios também estão sem receber. Dos dez elevadores, apenas dois estão em funcionamento.

De acordo com a Secretaria de Fazenda, o objetivo do governo é quitar a dívida até o fim de novembro. Além disso, afirmou que a retração da economia brasileira vem afetando o caixa de vários Estados. No Rio, a crise seria mais grave por causa da queda do preço do barril de petróleo. Em outubro deste ano, a arrecadação foi 16% menor que no mesmo período do ano passado.

Veja a reportagem:

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