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Justiça nega liberdade a Sérgio Cabral; autor do pedido não é advogado do ex-governador do Rio

Defesa do ex-governador entrou com pedido na manhã desta segunda-feira (21)

Rio de Janeiro|Do R7

Cabral teve cabelo cortado após ser transferido para presídio
Cabral teve cabelo cortado após ser transferido para presídio

O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) teve um pedido de liberdade negado nesta segunda-feira (21) pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Cabral está preso desde a última quinta-feira (17) no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.

O pedido é de autoria de um advogado que não está entre os constituídos pelo réu para sua defesa na ação penal. Ele argumenta, entre outras alegações, que a prisão constituiria condenação antecipada do acusado. E também sustentou a falta de justa causa para a prisão.

O desembargador federal Abel Gomes destacou que o advogado não juntou documentação que sirva para instruir o pedido, além de não ter apresentado um relato concatenado e substancial, para demonstrar a suposta falta de justa causa para a prisão preventiva: "No mais, além de não devidamente instruído o presente processo e o aditamento, as demais questões são teses abstratas que não encontram correspondência nas questões fáticas ligadas à competência e ao tempo de prisão".

A defesa constituída pelo ex-governador também entrou na tarde desta segunda com pedido de liberdade.


O peemedebista é suspeito de receber propina em troca da concessão de obras públicas, como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano. A apuração inicial estima um prejuízo de mais de R$ 220 milhões.

Cabral foi preso em caráter preventivo na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado.


Preso na manhã de quinta pela PF (Polícia Federal), Cabral chegou no início da noite do mesmo dia ao Complexo de Gericinó. Após dar entrada no complexo prisional, o ex-governador foi levado à unidade de Bangu 8 onde a cela com seus ex-secretários e ex-assessores. Estão com Cabral José Orlando Rabelo, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Hudson Braga, Luiz Paulo Reis e Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, todos alvos da Operação Calicute, deflagrada na quinta em parceria com a Lava Jato.

A mulher do ex-governador, a advogada Adriana Ancelmo, foi conduzida coercitivamente, pela Polícia Federal, para prestar depoimento. O escritório dela, Ancelo Advogados, chegou a ter um salto de 457% no redimento das finanças. Entre o início e o fim das duas gestões de Cabral no Estado, entre 2007 e 2014, a receita do escritório chegou chegou a R$ 73,1 milhões.

A receita do escritório Ancelmo Advogados, da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, chegou a R$ 73,1 milhões - um salto de 457% -, entre o início e o fim das duas gestões do peemedebista no Estado, entre 2007 e 2014. O lucro declarado foi de R$ 23,2 milhões. Os dados constam de relatório da Receita Federal na Operação Calicute.

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