Médicos que atenderam jovem supostamente envenenada por madrasta irão depor no Rio
Suspeita do crime foi presa temporariamente após irmão de Fernanda Carvalho, de 22 anos, também passar mal
Rio de Janeiro|Do R7, com Felipe Batista, da Record TV Rio
A Polícia Civil vai ouvir nesta semana os médicos do Hospital Albert Schweitzer que atenderam a jovem Fernanda Carvalho, de 22 anos, morta em março deste ano. Os investigadores apuram se ela foi envenenada pela madrasta, Cíntia Mariano, que está presa.
A jovem, que morava com o pai, passou mal após um jantar. Em um áudio, ela chegou a pedir ajuda ao namorado e relatou o mal-estar. Após 13 dias internada, Fernanda sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Segundo familiares, a equipe médica não fechou um diagnóstico do caso. Na ocasião, a morte não foi tratada como suspeita, e, por isso, o corpo não passou por perícia no IML (Instituto Médico-Legal).
Agora, a polícia não descarta a possibilidade de pedir a exumação do cadáver, na tentativa de averiguar se Fernanda tinha alguma substância tóxica no corpo.
O caso virou alvo de investigação após o irmão de Fernanda apresentar sintomas parecidos, como tontura, cerca de um mês depois da morte da jovem. O adolescente de 16 anos passou mal após fazer uma refeição na residência do pai. Ele foi internado e conseguiu se recuperar.
Segundo a mãe do adolescente, após o ocorrido, ele relatou ter sentido um gosto amargo no feijão, além de ter visto "bolinhas azuis na comida".
O delegado Flávio Rodrigues, da 33ª DP (Realengo), confirmou que o conteúdo gástrico encontrado no corpo do adolescente já foi encaminhado para perícia.
Na casa da madrasta, os agentes apreenderam veneno contra pulgas, que foi enviado para análise.
De acordo com o delegado, os filhos de Cíntia Mariano disseram que ela confessou ter envenenado os enteados. No entanto, a defesa dela negou que a madrasta tenha admitido o crime. Os advogados disseram ainda que vão recorrer da manutenção da prisão temporária.