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Mordomias no BEP: Justiça acha videogames, churrasqueira e bateria; Bolsonaro nega privilégios

Transferência dos 221 PMs detidos no BEP começa nesta sexta-feira (2)

Rio de Janeiro|Do R7

TV a cabo era uma das mordomias que havia no BEP
TV a cabo era uma das mordomias que havia no BEP TV a cabo era uma das mordomias que havia no BEP

Geladeiras, televisões, micro-ondas, videogames, forno de pizza, telefone celular, dinheiro, engradados de refrigerante, churrasqueira, e até uma bateria profissional na unidade. Os itens foram encontrados durante vistoria feita pela VEP (Vara de Execuções Penais), em agosto passado, no BEP (Batalhão Especial Prisional), presídio que abriga PMs em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro.

Na quinta-feira (1º), a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da VEP, sofreu agressões físicas de ao menos quatro detidos — eles foram identificados e serão transferidos para penitenciária de Bangu ainda nesta sexta-feira (2) — ao realizar a segunda fiscalização de supostas mordomias de PMs presos no BEP.

Começa hoje a transferência dos 221 PMs detidos no BEP, segundo confirmou o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho. A transferência será feita de forma gradual — 30 policiais por dia — para a Penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói, região metropolitana.

Após as agressões, o juiz Eduardo Oberg, titular da VEP, determinou o fechamento da unidade prisional. O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) foi até o presídio e defendeu os presos. Segundo o parlamentar, não há privilégios.

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— Ao serem tratados como bandidos por uma pessoa que representa o Estado, eles se sentiram indignados. A versão deles é que foram tratados de forma desumana por ela. Não só dessa vez. E que ela realizou apreensão de coisas que eles garantem que a Vara de Execuções Penais permite que eles tenham ali, que são de uso comum, como micro-ondas e geladeira. Não é nenhum excesso, não é nenhum privilégio.

A decisão de fechar o BEP foi tomada horas depois de a juíza Daniela Assumpção ser agredida. Entre esses 221 presos, estão os cinco policiais militares envolvidos na morte de um adolescente de 17 anos no Morro da Providência, que fraudaram a cena do crime.

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