Preso na madrugada desta quarta-feira (12), Caio Silva de Souza, de 23 anos, suspeito de lançar o rojão que matou o cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade, estava em uma pousada de Feira de Santana, na Bahia. Segundo o delegado responsável pela investigação, Maurício Luciano, a namorada do jovem participou da negociação para que ele se entregasse.
À polícia, Caio contou que havia comprado uma passagem para Ipu, no Ceará, onde tem familiares. O avião com o suspeito e os policiais partiu de Salvador no início da manhã desta quarta-feira.
Na terça-feira (10), o Disque-Denúncia havia divulgado a foto do suspeito para que a população ajudasse a localizar o seu paradeiro.
Policiais fizeram buscas em vários pontos do Rio de Janeiro para cumprir o mandado de prisão temporária contra Caio, mas não o encontraram no Estado. Funcionário do hospital Rocha Faria, ele teria dito aos colegas que estava com insolação e, por isso, teria de faltar.
O delegado Maurício Luciano, titular da Delegacia de São Cristóvão (17ª DP), pediu à Justiça a prisão temporária do suspeito na segunda-feira (10). Caio foi identificado com a ajuda do outro envolvido, Fábio Raposo, preso desde domingo (9). Raposo diz ter repassado o rojão ao outro manifestante.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro divulgou comunicado justificando o pedido de prisão de Caio: "Há evidentes necessidades de se resguardar a instrução, a fim de que as demais provas sejam colhidas pela autoridade policial garantindo-se, ao final, a instrução da causa, que é de grande repercussão e que merece integral apuração, dada a lesividade social que os eventos violentos havidos nas recentes manifestações nesta cidade não mais se repitam".
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