Até hoje, o corpo do ajudante de pedreiro não foi localizado
Agência BrasilTrês policiais suspeitos de participarem da morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, de 42 anos, na Rocinha, zona sul, vão ser mantidos na corporação. A Polícia Militar decidiu manter José Augusto de Lacerda, Newland de Oliveira e Silva Junior e Bruno Medeiros Atanásio nos seus quadros porque “não havia provas suficientes para condenação”. Segundo a PM, os policiais foram submetidos a um processo administrativo disciplinar e medidas administrativas foram tomadas.
Os três agentes faziam parte dos 25 agentes investigados por torturar e matar Amarildo em 2013. Do total, 13 foram condenados pela Justiça em fevereiro deste ano e os outros 12, incluindo os que vão continuar na polícia, ainda estão sendo investigados.
Até hoje, o corpo do ajudante de pedreiro não foi localizado e há inquéritos em curso para apurar o envolvimento de policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na ocultação do corpo de Amarildo. De acordo com a sentença, a morte do pedreiro foi orquestrada pelo major Edson Santos, que comandava a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, na zona sul do Rio. O major foi condenado a 13 anos e sete meses pelos três crimes.
O desaparecimento e morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza causou comoção no País em 2013. Imagens de segurança da própria Polícia Militar revelaram que ele foi colocado numa viatura na noite de 14 de julho de 2013. Os policiais afirmaram que ele foi levado para averiguação, mas nunca mais o pedreiro foi visto.
O caso se tornou emblemático nas manifestações populares daquele ano, no Rio, contra o abuso da polícia nas operações em favelas da cidade.