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Tiro que matou menino no Alemão foi disparado por PM em confronto, diz DH; policial não é indiciado por morte

Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, foi morto no dia 2 de abril na porta de casa

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

A mãe de Eduardo diz que ele segurava um celular no momento em que foi atingido na cabeça por um tiro de fuzil
A mãe de Eduardo diz que ele segurava um celular no momento em que foi atingido na cabeça por um tiro de fuzil A mãe de Eduardo diz que ele segurava um celular no momento em que foi atingido na cabeça por um tiro de fuzil

A Delegacia de Homicídios da Capital informou nesta terça-feira (3) que concluiu o inquérito sobre a morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de dez anos. O menino foi baleado na porta de casa, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, no dia 2 de abril.

O diretor da DH da Capital, Rivaldo Barbosa, disse na tarde de hoje que o tiro de fuzil que atingiu a criança partiu da arma de um policial militar que agiu em legítima defesa contra traficantes que teriam atirado contra o grupo. Segundo Rivaldo, os PMs estão amparados pela lei e não foram indiciados pela morte. O inquérito, agora, será remetido ao Ministério Público.

— Os policiais militares agiram em legítima defesa e atingiram uma criança querendo atingir um traficante (...) Nós tratamos isso com muito pesar, mas nós não podemos, em razão da gravidade, cometer uma outra injustiça que é indiciar os policiais em razão da gravidade do fato.

Segundo as investigações, o policial estava a menos de 5 m de Eduardo e não teria visto a criança. O inquérito não identificou de qual arma partiu a bala que matou o menino.

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O defensor público Fábio Amado afirmou que a família de Eduardo "não se conforma" com a conclusão do inquérito. De acordo com Amado, os pais esperavam que o responsável pelo disparo fosse apontado e que ele respondessa penalmente pela morte.

Na ocasião da morte de Eduardo, Terezinha de Jesus, mãe do menino, afirmou que o filho foi atingido pelas costas por um policial militar, sem chances de se defender. No momento em que foi atingido, ele segurava apenas um telefone celular.

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— Eles [policias] atiraram no meu filho, que não tinha defesa nenhuma, nas costas.

Terezinha estava sentada no sofá com Eduardo momentos antes do assassinato. Segundo ela, o menino levantou e se sentou próximo à porta para conversar quando foi atingido.

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— Eu só escutei o baque do tiro e, quando eu corri, meu filho tava lá embaixo.

A mãe de Eduardo também afirmou que o policial que teria atirado contra o menino ameaçou atirar contra ela também. Em desespero, ela disse ao policial: "Vocês mataram meu filho".

— Ele disse: 'Já que eu matei o filho, a gente também pode matar a mãe'. E apontou a arma para mim.

Major: "Não ficará impune"

Na época do assassinato, o porta-voz do CPP (Comando de Polícia Pacificadora), major Marcelo Corbage, afirmou que a morte de Eduardo não ficaria impune.

— É prematuro tirar qualquer tipo de conclusão. Estamos colaborando com as investigações. A morte do Eduardo não ficará impune.

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