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"Trauma não pode ser ressarcido", diz jovem após calote em formatura

Procon notificou empresa que não avisou previamente sobre cancelamento de festa na Barra da Tijuca; multa pode chegar a R$ 10 milhões

Rio de Janeiro|Lucas França, do R7*, com Record TV

Com o vestido de formatura nas mãos, estudante lamentou prejuízo
Com o vestido de formatura nas mãos, estudante lamentou prejuízo Com o vestido de formatura nas mãos, estudante lamentou prejuízo

O Procon Carioca notificou, nesta segunda-feira (22), a empresa que cancelou, sem aviso prévio, a festa de formatura de universitários de instituições públicas e privadas. O baile estava marcado para ocorrer na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no sábado (20). Cerca de 100 formandos e 1200 convidados só descobriram que não haveria comemoração ao chegerem no local. 

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A coordenadora jurídica do Procon Carioca, Renata Ruback, esteve em frente ao prédio onde funciona a Aloha Formandos, no centro. Segundo ela, caso a empresa não apresente soluções em 10 dias, poderá ser multada em até R$ 10 milhões.

“A empresa foi notificada para apresentar uma solução aos estudantes e um plano de contingência para tratar dos outros consumidores que estão com formaturas marcadas, que correm um grande risco de terem o sonho da formatura destruído”, disse Renata à Record TV.

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A estudante de Psicologia, Bruna Barbosa, também esteve na sede da empresa pela manhã. Revoltada, a jovem levou o vestido que usaria na formatura e disse que o prejuízo vai além do financeiro. 

“Meu trauma não tem como ser ressarcido. Esse vestido está carregado de muito sonho, é uma vida. Minha festa de 15 anos, que eu não tive. Meu casamento, que não tive. Minha outra faculdade, que não fiz festa. Esse vestido carrega isso tudo e a Aloha destruiu. Não tem palavra, não existe palavra no dicionário para classificar”, afirmou.

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Um grupo de formandos que ficou sem a festa e outro que já assinou contrato para comemorações futuras tentaram cobrar explicações de responsáveis pela empresa no local, mas não foram atendidos. 

Eles contaram ainda que investiram até R$ 3.500,00 para a realização da festa. Além disso, gastaram com roupas, cabelo, maquiagem e ainda com o deslocamento de parentes que moram foram do Rio de Janeiro. 

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Alunos mostraram ingressos que compraram
Alunos mostraram ingressos que compraram Alunos mostraram ingressos que compraram

Entenda o caso

No sábado, formandos e convidados, vestidos com roupas de gala, chegaram à casa de shows Ribalta, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e encontraram o local fechado.

Uma nota da própria casa de festas, que estava colada na porta, dizia que o baile não seria realizado porque a Aloha “deixou de abastecer o local com os suprimentos necessários à realização do evento”.

A formanda Natani da Silva de Abreu afirmou que não houve contato com os alunos.

“A empresa, em nenhum momento, entrou em contato conosco. Nem os representantes nem o dono. Eles simplesmente sumiram”, afirmou Natani.

O caso foi registrado pelos alunos na 16ª DP (Barra da Tijuca).

O R7 tentou contato via e-mail e telefone com a empresa Aloha Formandos, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Veja: Empresa de formatura cancela festa no dia do evento e não avisa formandos

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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