Vereadores propõem suspensão de CPI dos Ônibus; decisão fica para quinta-feira

Durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira (12), na Câmara dos Vereadores, para rediscutir a CPI dos Ônibus, foi proposta a suspensão da Comissão criada na sexta-feira (9). Com isso, ficou decidido o cancelamento da audiência pública que seria realizada na terça-feira (13). Um novo encontro foi marcado para quinta (15), como explicou, em nota, a assessoria da Casa.

"Os vereadores decidiram cancelar a audiência pública, em atendimento à proposta encaminhada pelo vereador Eliomar Coelho (PSOL), que alegou não ter sido avisado com antecedência e não obteve documentação suficiente para participação na oitiva da CPI. Os membros da CPI promovem reunião interna na próxima quinta-feira para discussão da agenda de trabalho".

Ainda segundo a assessoria da Câmara, embora manifestantes ainda estejam no prédio, o expediente será normal na terça-feira, "inclusive com sessão legislativa para discussão dos projetos de lei em pauta". Na mesma nota, foi informado que "os manifestantes que ocupam o plenário serão transferidos para outro espaço da Casa".

A assessoria da vereadora Teresa Bergher (PSDB) informou que ela foi uma das que propôs a criação de uma nova CPI, formada apenas com vereadores que votaram a favor e com Eliomar Coelho (PSOL) na presidência.

Segundo a assessora da vereadora, a proposta foi apoiada pela oposição, mas os governistas não chegaram a um consenso. Após a reunião de terça-feira, a proposta pode ir à votação no plenário.

A suspensão da primeira reunião da CPI também foi confirmada pelo vereador César Maia (DEM). Na saída da Câmara, o ex-prefeito disse que os quatro integrantes da comissão que votaram contra, Chiquinho Brazão, Professor Uóston, Jorginho da SOS (todos do PMDB) e Renato Moura (PSC), não participaram da discussão nesta segunda.

Ainda na saída da Casa, o ex-prefeito foi xingado por um grupo de manifestantes e sua assessora foi atingida por ovos.

Um grupo de manifestantes permanecia no plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro na tarde desta segunda. A ocupação teve início na sexta (9), após a eleição do vereador Chiquinho Brazão à presidência da CPI dos Ônibus.

O presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), se reuniu no sábado (10) com manifestantes. Felippe disse que a única ação ao seu alcance seria marcar uma reunião com vereadores nesta segunda, com o objetivo de “tentar encontrar um caminho”.

Cerca de dez representantes do movimento participaram do encontro e apresentaram as seguintes reivindicações: a saída do vereador Chiquinho Brazão da presidência da CPI dos Ônibus, dando lugar a Eliomar Coelho, anulação da reunião de instalação da CPI realizada na sexta-feira, saída dos vereadores Jorginho da SOS, Renato Moura e Professor Uóston e a participação na CPI de vereadores que votaram a favor da instalação, além de exigir a participação popular irrestrita às reuniões dos parlamentares.

Na madrugada de domingo (11), um grupo de cerca de 30 manifestantes deixou a Câmara após a reunião de dez pessoas do grupo com o presidente da Casa.