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Acesso a armas e violência facilitam massacre, dizem especialistas 

Psicólogos e psiquiatras ouvidos pelo R7 explicam quais fatores teriam contribuído para a existência e a repetição desse tipo de crime no país 

São Paulo|Karla Dunder, do R7

Alunos e funcionária foram alvo de atiradores em Suzano
Alunos e funcionária foram alvo de atiradores em Suzano Alunos e funcionária foram alvo de atiradores em Suzano

Dois atiradores invadiram a escola estadual Professor Raul Brasil, na manhã desta quarta-feira (13), em Suzano. Uma tragédia que se repete não apenas no Brasil, mas em diversos países, e a explicação para a ocorrência desse tipo de crime não é simples.

Especialistas ouvidos pelo R7 são unânimes em dizer que acesso a armamento facilita massacres. “Quanto mais fácil for o acesso a armas, maior a probabilidade de uma tragédia como essa ocorrer”, avalia o professor de psiquiatria da Unicamp, Luís Fernando Tófoli. 

O professor lembra que nos Estados Unidos a Constituição garante aos cidadãos a posse de armas. “E as escolas americanas sofrem com esse tipo de ataque, é importante entender que em países onde o acesso é mais restrito, esse tipo de crime tende a ser menor.”

A professora do departamento de Educação da Unicamp, Angela Soligo, também destaca que o acesso a armas carregadas é um ponto a ser analisado. “As pessoas precisam refletir sobre o acesso ao armamento, liberar armas aumenta a probabilidade desse tipo de crime acontecer.”

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Relembre outros massacres ocorridos em escolas no Brasil

Outro aspecto que merece atenção, segundo Angela, é a cultura da violência. “Vivemos em um momento em que a violência tem sido pregada e cultivada em diferentes meios, figuras públicas valorizam a violência, e isso influencia diretamente os mais jovens, como se agir de forma truculenta fosse o caminho certo a seguir.”

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“Temos visto muitas demonstrações de violência, agressões contra mulheres, negros, assassinatos não resolvidos. Quando o crime é banalizado, a violência aumenta”, pondera Angela.

Sobre a repetição desse tipo de crime, quando adolescentes pegam em armas e atiram a esmo como ocorreu no Massacre de Realengo, em 2011 no Rio de Janeiro, ou no Colégio Goyases, em 2017 em Goiânia, a professora aponta que há semelhanças, mas as motivações são variáveis. "Seria leviano falar desse caso de Suzano sem entender e conhecer os atiradores."

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