Alckmin corta cargos e vende helicóptero para bancar passagem mais barata à população de São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anuncia nesta sexta-feira (28) uma série de medidas para custear a revogação do aumento da tarifa de transporte público de São Paulo - de R$ 3,20 para R$ 3,00. De acordo com ele, serão suspensos mais de dois mil cargos em comissão do governo e a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano será extinta.

O governador também vai extinguir a autarquia Sutaco, a estatal CPTur, além de fundir três fundações públicas — a Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), o Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e a Cepam (Centro de Pesquisas de Administração Municipal).

Por fim, serão realizados cortes de gastos públicos com frota de carros e economia de água, luz e combustível. O governador anunciou que o helicóptero de utilização pelo governador será vendido — o que implica em uma economia de R$ 4,5 milhões ao ano —, haverá redução de 10% dos veículos locados, excetuando as áreas de Segurança Pública, saúde e educação e a venda de 10% dos veículos próprios. O decreto com as propostas de cortes nas despesas já foi assinado. Segundo Alckmin, não serão cortados investimentos.

— Nós fizemos as reduções de tarifa de metrô, trem e ônibus e isso implica, de um lado, redução de receita. O Estado de São Paulo não gasta mais do que arrecada, nós não fabricamos dinheiro, então temos que ter equilíbrio orçamentário e, por outro lado, não podemos cortar investimento. Estamos apresentando medidas que tomamos de tal forma que em 2013 e 2014 não vamos alterar um centavo dos investimentos. 

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Alckmin também anunciou economia com passagens aéreas e explicou que a redução de gastos e desperdícios de luz, agua e combustível "tem um papel econômico e de sustentabilidade". Com todas essas medidas, a economia total será de R$ 129,5 milhões só em 2013. No ano que vem, o impacto dessas medidas será de R$ 226 milhões, totalizando uma economia de mais de R$ 350 milhões. 

— Com isso, não afetamos um centavo nos investimentos do governo que são necessários para gerarmos mais emprego e melhorarmos os serviços públicos. 

Em relação à extinção de secretaria e fusão das fundações, Alckmin admitiu que haverá demissões.

— Pode haver, porque na medida em que você extingue um órgão, ele não existe mais.