Caso Pesseghini: parecer de psicóloga aponta que Marcelo pode ter tido surto antes dos crimes
Documento foi enviado para a polícia há 15 dias, segundo o delegado Itagiba Franco
São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7
Um parecer da psicóloga Vera Lúcia Lourenço aponta que Marcelo Pesseghini, de 13 anos, principal suspeito de matar os pais e mais duas familiares, pode ter tido um surto antes dos crimes. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Itagiba Franco, a análise não foi providenciada a pedido da polícia, mas realizada pela profissional por conta própria.
No entanto, Franco afirmou que achou o parecer importante e anexou o documento ao pedido de mais 30 dias de investigação, enviado nessa sexta-feira (6) ao Ministério Público.
— Isso foi uma psicóloga do Rio de Janeiro que fez o parecer e mandou para mim, a título de colaboração, e recebi.
De acordo em ele, o documento chegou a suas mãos há 15 dias.
Ainda de acordo com o delegado, o parecer é importante, mas a polícia ainda não pode afirmar que o garoto realmente teve um surto.
— Nós não somos psicólogos.
Para tentar esclarecer mais sobre o aspecto psicológico da família Pesseghini, a polícia está consultando Guido Palomba, um dos mais experientes psiquiatras do País.
— Nós estamos aguardando o doutor Guido Palomba para ver o que ele diz a respeito da motivação. Mandamos laudos e depoimentos... Logicamente com a experiência que ele tem, pode nos ajudar.
Em entrevista no último dia 13 ao R7, o psiquiatra já havia adiantado que, se o garoto de 13 anos for realmente o responsável pelos crimes, a única explicação seria ele ter tido um surto.
A versão do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) é de que Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos, assassinou a tiros os pais, a avó e a tia-avó; foi de carro para a escola; dormiu no veículo; foi à aula normalmente; voltou de carona com um amigo e se suicidou.
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