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Marcelo Pesseghini ameaçou a mãe antes do crime, diz testemunha à polícia

Dois promotores estiveram no DHPP e disseram que a posição do Ministério Público é de cautela

São Paulo|Do R7

Marcelo (foto) é o principal suspeito de ter matado a família
Marcelo (foto) é o principal suspeito de ter matado a família

Um amigo íntimo do pai de Marcelo Pesseghini, o adolescente de 13 anos suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidar, contou a polícia que o garoto teria ameaçado a mãe. O depoimento foi prestado por um policial da Rota, que trabalhava com o sargento Luiz Marcelo Pesseghini, encontrado morto no último dia 5.

Segundo esse policial, com quem o sargento fazia confidências, semanas antes do crime o pai do garoto recebeu um telefonema e ficou preocupado. Na ocasião, ele teria dito ao amigo que sua mulher, a cabo Andreia Bovo Pesseghini, foi ameaçada pelo filho.

O depoimento do amigo do sargento é mais uma dos relatos que a polícia reúne para tentar compreender o comportamento de Marcelo. Nesta sexta-feira (30), o psiquiatra forense Guido Palomba deverá se reunir com o delegado do caso, Itagiba Franco, para analisar o inquérito e traçar um perfil da personalidade do garoto. Já houve relatos de que Marcelo mudou de comportamento meses antes do crime e que passou a fazer brincadeiras com armas de fogo em casa, como simular que atiraria em alguém.

Os promotores Vinicius França e André Bogado, da 2ª Vara do Júri da Capital, estiveram nesta quinta-feira (29) no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Segundo eles, a posição do Ministério Público é de cautela. De acordo com Bogado, dois tios de Marcelo, irmãos da cabo Andreia, estiveram na Promotoria e afirmaram que não acreditam que o garoto fosse o culpado. Eles teriam pedido novas investigações.


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A polícia já ouviu 48 pessoas. Ainda estão previstas mais duas testemunhas, uma delas uma policial que trabalhava com Andreia. Na quarta-feira (28), dois colegas de Marcelo depuseram novamente e confirmaram algumas informações de outros alunos da escola do adolescente.


As duas testemunhas teriam omitido informações, segundo um e-mail interceptado pela polícia. No novo depoimento, elas voltaram atrás e disseram que Marcelo contou a elas que matou a família, quando chegou à escola na data do crime. Segundo o inquérito, Marcelo tinha um grupo de amigos que jogavam o videogame Assassin's Creed, chamado de Os Mercenários.

O crime aconteceu entre a noite do dia 5 deste mês e a madrugada do dia 6, na residência da família, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. Para encerrar o inquérito, a polícia ainda aguarda a finalização dos laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal.

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