Colegas de Marcelo Pesseghini prestam novo depoimento à polícia
Objetivo era saber se o adolescente teria comentado sobre o assassinato da família
São Paulo|Do R7
A polícia ouviu nesta quarta-feira (28) dois colegas de classe de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, suspeito de matar a família. Eles já haviam prestado depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), mas foram chamados novamente. De acordo com a assessoria de imprensa da Delegacia Geral de Polícia, o objetivo era saber se o adolescente teria contado para ambos sobre o assassinato dos pais.
Cinco dos dez amigos de Marcelo disseram que o menino revelou o desejo de matar a família. Além disso, pelo menos três deles relataram à polícia que o estudante confessou o crime na manhã seguinte. Segundo um dos depoimentos, na sala de aula, um dos colegas teria perguntado em tom de deboche: “E aí, conseguiu matar sua avó?". Ao que Marcelo teria respondido secamente: "Matei todos eles".
Em quatro semanas de investigação, 48 testemunhas foram ouvidas. A polícia aguarda os laudos da perícia. A análise do IML (Instituto Médico Legal) trará informações como os horários e a ordem em que as vítimas foram mortas e se haviam sido dopadas. Já o IC (Instituto de Criminalística) vai responder a outras questões, como, por exemplo, se a posição em que o corpo de Marcelo foi encontrado confirma a tese de que ele cometeu suicídio.
O IC também deve entregar o resultado da perícia nos telefones e computadores encontrados na casa que pode revelar outros detalhes para explicar como tudo aconteceu.
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O caso
Marcelo foi encontrado morto junto com a família no dia 5 deste mês, dentro de casa. Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.
Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a polícia, o menino teria matado a família, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.